As ondas de rádio e suas regiões midiáticas: as práticas econômico políticas de apropriação dos sinais de radiofrequência no Brasil
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Resumo / Abstract
Elaborada na Linha de Pesquisa 2, Mídias e Práticas Socioculturais, do Programa de Pós Graduação em Comunicação e Cultura da Uniso, esta é uma pesquisa empírica e teórica cujo tema é a utilização da radiofrequência do espectro eletromagnético na transmissão dos sinais das emissoras de rádio e TV abertas e gratuitas. A hipótese testada, e confirmada na pesquisa, é a de que a forma de utilização desse recurso natural, a radiofrequência (RF), configura regiões midiáticas definidas pela produção, distribuição e consumo de bens simbólicos no contexto da indústria da comunicação. Dessa forma, o objetivo geral buscou demonstrar a criação de regiões midiáticas, pela distribuição dos sinais de RF e os objetivos específicos tiveram como proposta (1) demonstrar como a RF demarca o território e (2) especificar o papel da indústria da comunicação na regionalização midiática. A pesquisa tem como embasamento teórico o conceito de território de Milton Santos (2001, 2006, 2014), a teoria social da mídia, de John Thompson (1998, 2018) e a regionalização midiáticas no Brasil, de Sonia Aguiar (2016). Recorre-se à análise documental como metodologia, com consultas a fontes primárias e secundárias, e a uma revisão bibliográfica envolvendo, além da Comunicação, áreas de conhecimento como Geografia, Sociologia e Física. E uma das conclusões a que se chegou é que o espectro eletromagnético perdeu seu valor de uso e passou a ter valor de troca para atender à expansão do capitalismo neoliberal. A pesquisa se enquadra na linha de estudo da Economia Política da Comunicação e espera contribuir com o despertar de mais interesse pela inclusão de aspectos relacionados à infraestrutura nos debates sobre a democratização das comunicações no Brasil.