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Educação física escolar e a cultura do corpo em sociedades capitalistas

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Data

2004

Tipo de documento

Dissertação

Curso



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Resumo / Abstract

A Educação Física pode contribuir para a reprodução de uma sociedade de classes desiguais? Se a resposta for positiva, pode ainda ela atuar de maneira democrática e assim gerar contribuição contrária a essa reprodução? Se pode, como ela pretende fazer isso? Na possibilidade de descobrir algo que sempre quisermos saber ou entender foi que partimos para esse texto na tentativa de responder as questões aqui formuladas, ou seja, qual a relação entre a Educação Física e as questões culturais, sociais e históricas? Para tanto, nos apoiamos no materialismo histórico dialético por entender que de maneira singular ele contribui para as discussões acerca do projeto de educação brasileiro. Como alicerce teórico para tal tarefa, abordamos introdutoriamente as questões da concepção de homem e seu papel na teoria da cultura nas sociedades capitalistas. As diversas visões históricas e filosóficas de corpo, um retrospecto histórico da cultura e do corpo no Brasil permeiam também o pano de fundo que nos dará o embasamento para posteriores respostas. A Educação Física no Brasil e as influências por ela sofrida no decorrer de seu desenvolvimento reforçam o caráter reprodutor e alienante dessa disciplina escolar que faz com que ela contribua para a manutenção da sociedade capitalista cindida e desigual. A Educação Física pode deixar de colaborar na medida em que desocultarmos ou quebrarmos paradigmas/modelos históricos existentes no seio dessa disciplina escolar. Dando tratamento pedagógico as questões da cultura corporal, mostrando na historicidade desses temas a constante transformação que a sociedade está submetida (fruto da ação humana), a Educação Física teria um desenvolvimento mais humano, o corpo passaria a ser entendido como concreto, histórico, criador e transformador de realidades. Com esse tratamento pedagógico histórico cultural a criança/humano/corpo se percebe dentro de seu inacabamento e parte integrante de uma sociedade em construção e que, portanto, subscreve-se construtor de cultura e com poder transformador de realidade cultural no seu trato com a natureza. Será este um sonho? Podemos alimentar essa utopia? O sonho alimentaria a luta?


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