Ciência e poesia em diálogo: uma contribuição à educação ambiental
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Resumo / Abstract
Os avanços da Física, Química, Astronomia e Genética, bem como de outras áreas das ciências, modificaram a maneira de ver o homem e a mulher, assim como o mundo. O conhecimento das técnicas e das ciências, por alguns países, começa a ser encarado de forma hegemônica em relação a outros. Por isso, é importante questionar: que tipo de ciência está sendo produzida para nossa sociedade? Qual seria o sentido dessas ciências? Em quais espaços seria possível aproximá-las de outros saberes? Que possibilidades a Educação Ambiental pode ter na construção de diálogos entre os diferentes saberes? Com isso, tentamos promover conflitos nas diferentes ideias, concepções, representações simplistas, ingênuas e até mesmo oportunistas no que diz respeito à construção do conhecimento e das ciências. O presente trabalho propõe estabelecer diálogos entre as ciências e a arte. Para esse diálogo, recorro aos poemas de Manoel de Barros e aos textos de Newton Aquiles von Zuben. As primeiras nos direcionam a uma ciência mais próxima do ser, utilizando-se das inutilidades, das coisas insignificantes, dos andarilhos. Tudo que a sociedade ignora e despreza serve para poesia. O segundo, sobretudo pela obra Bioética e Tecnociências, remete a intensas reflexões de cunho filosófico, assaz argumentativo sobre a técnica e a operatividade da ciência. As tecnociências nos trazem uma equívoca melhora nas condições de vida, no momento em que aumentam a qualidade e expectativa de vida e, ao mesmo tempo, é permitido o surgimento de novas catástrofes, como o surgimento de novas bactérias e explosões nucleares. Neste trabalho, a educação ambiental é vista como espaço para que se construam diálogos entre a poesia e as ciências, de modo a direcionar o homem e mulher à edificação de uma ciência não só pela técnica, mas pela ética e estética, na razão dialógica, na alteridade, com vistas à construção de outras formas de saberes e práticas.