Alimentação escolar: avaliação da composição nutricional, consumo alimentar e perfil socioeconômico
Data
Tipo de documento
Curso
Assunto
Autor(es)
Orientador(es)
Título da Revista
ISSN da Revista
Título do Volume
Resumo / Abstract
Objetivo: Avaliar a composição nutricional das refeições oferecidas nas escolas de tempo integral, bem como a relação entre os fatores socioeconômicos e de consumo alimentar entre os escolares no domicílio. Métodos: Como indicador de qualidade nutricional foi escolhido como referência o Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE). O grupo de estudo selecionado para esta investigação foi formado por crianças entre 6 e 10 anos. Integraram a pesquisa 7 escolas (21,9%) municipais na cidade de Sorocaba, São Paulo que praticavam o Programa de Educação em Tempo Integral (PROETI). O padrão de consumo dietético abrangeu a composição e análise nutricional dos cardápios ofertados nas escolas. Os fatores associados ao consumo alimentar dos alunos fora do ambiente escolar, assim como o perfil socioeconômico foram identificados por meio de estudo Transversal realizado através de questionário respondido pelos pais ou responsáveis. Participaram da pesquisa 282 escolares. O projeto foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade de Sorocaba através do parecer nº 244.486. Resultados: A quantidade de fibras, vitamina A e cálcio ofertada nos cardápios das escolas eram, respectivamente, 61%, 53% e 46% inferiores à recomendada pelo PNAE. Os nutrientes energéticos como carboidratos, proteínas, lipídeos e açúcar de adição eram, respectivamente, 21%, 47%, 59% e 19% oferecidos em quantidades maiores que as recomendadas pelo PNAE. Entre os nutrientes ofertados nos cardápios em quantidade abaixo ou acima do recomendado a vitamina A, a fibra, o açúcar e o sódio eram os mais preocupantes em função da gravidade das comorbidades associadas a estes elementos nutricionais. Os alimentos ingeridos fora da escola privilegiam o consumo de sal, gordura e açúcar. Portanto, hábitos alimentares inadequados somados ao sedentarismo fora do ambiente escolar pode levar ao sobrepeso/obesidade expondo a criança ao desenvolvimento de doenças crônicas não transmissíveis. Conclusão: Os resultados evidenciam a necessidade de adequações nos cardápios, principalmente na quantidade dos alimentos ofertados, com vistas ao cumprimento das metas do governo para as escolas em tempo integral. A identificação de padrões de consumo alimentar na infância poderá fornecer subsídio para o redirecionamento das políticas públicas de prevenção e controle dos distúrbios nutricionais e de doenças associadas à alimentação e nutrição. Neste sentido a escola se configura como um ambiente privilegiado para a promoção de práticas alimentares e nutricionais saudáveis junto aos escolares e seus familiares.