Interferência do uso de amoxicilina e Saccharomyces boulardii no peso e composição corporal de ratos
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Resumo / Abstract
A obesidade tornou-se um dos maiores desafios para a saúde pública nos últimos anos, levando a situações de morbimortalidades consideradas graves. Estudos recentes sugerem que a microbiota intestinal modificada por antibióticos, pode desempenhar um importante papel na obesidade e consequentemente em desordens metabólicas. Para avaliar a possível interferência da administração do uso de antibiótico associado ou não de Saccharomyces boulardii no peso de animais, este estudo utilizou 60 ratos Wistar, por oito semanas, divididos em três grupos experimentais: amoxicilina (n=20), amoxicilina e Saccharomyces boulardii (n=20) e o controle (n=20). Os tratamentos foram realizados ao longo de duas semanas nos dias 0, 2, 4, 7, 9 e 11 e realizadas seis administrações a cada grupo. Foram conduzidas análises de impedância bioelétrica tetrapolar (TBIA) e avaliações antropométricas no último dia do experimento (dia 56). O índice de massa corporal foi significativamente menor para os animais do grupo controle (p= 0,034). O mesmo resultado foi encontrado para o índice de Lee; o grupo controle apresentou um índice menor quando comparado com os outros dois grupos que receberam o antibiótico (p=0,0019). A relação da circunferência abdominal/circunferência torácica revelou que o grupo controle apresentou o menor índice (1,19), diferindo do grupo que recebeu amoxicilina isoladamente (p=0,0329), indicando um maior acúmulo de gordura abdominal no grupo que recebeu apenas antibiótico. Os dados referentes à água corporal total mostraram que o grupo controle foi o grupo com a maior quantidade de água corporal (279,1g; p=0,0243). Com relação à composição corporal e acúmulo de gordura, dados antropométricos e TBIA foram homogêneos em mostrar que os grupos tratados com o antibiótico demostraram um acúmulo de gordura corporal maior do que o grupo controle. Quanto a uma possível proteção sobre as mudanças na microbiota por Saccharomyces boulardii associadas ou não ao antibiótico, neste estudo, não houve nenhuma ação protetora, nas condições avaliadas.