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Efeitos adversos tardios em sobreviventes do câncer na infância e adolescência: estudo caso-controle

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Data

2015

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Dissertação

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Resumo / Abstract

[Antecedentes]: Crianças e adolescentes sobreviventes de câncer apresentam efeitos adversos tardios ou complicações relacionados ao tratamento. O crescimento desta população graças à evolução dos tratamentos também aumenta o percentual de indivíduos sobreviventes e vulneráveis a sequelas após o término da terapia empregada. O monitoramento sistemático desses sobreviventes é importante para promover a detecção precoce das complicações e permitir a implementação de intervenções que possam minimizar as comorbidades. [Objetivo]: Identificar e caracterizar os efeitos adversos tardios em sobreviventes de câncer na infância e adolescência submetidos a terapia antineoplásica (quimioterapia e/ou radioterapia) e determinar os fatores preditivos associados a eles. [Método]: Trata-se de estudo caso-controle, uni-institucional, realizado no ambulatório do Grupo em Defesa da Criança com Câncer – GRENDACC - Jundiaí/ SP, em pacientes submetidos a tratamento do câncer no período de 1995 a 2012 . Os casos foram definidos como sendo aqueles em que foi detectado o efeito adverso tardio na consulta ou nos resultados de exames solicitados. Controles foram pacientes consecutivos que aderiram ao seguimento anual no ambulatório VER, recrutados pelo mesmo método da mesma população onde se identificou os casos. Todos os possíveis efeitos adversos tardios identificados foram classificados em diferentes graus conforme o sistema de graduação Common Terminology Criteria for Adverse Events versão 4.0. Considerou-se sobreviventes de câncer, pacientes que finalizaram a terapia antineoplásica há pelo menos dois anos, sem recidiva da doença. Utilizou-se como medida de associação o Odds Ratio (OR) ajustado por sexo e idade no início do seguimento por regressão logística. [Resultados]: De 111 participantes potencialmente elegíveis, 62 sobreviventes atenderam os critérios de inclusão, sendo 17 (27,4%) deles com alterações em exames que podem representar efeito tardio adverso. Destes casos, oito (47%) apresentaram efeito adverso tardio sobre o sistema endocrinometabólico, sete (41,2%) no sistema cardiovascular, cinco (29,4%) no sistema musculoesquelético, um (5,9%) nos sistemas auditivo e renal, respectivamente. A gravidade desses efeitos adversos tardios variou entre o grau 1 e grau 2. Na análise estatística, a razão de prevalências para os fatores preditivos testados (sexo, idade, etnia e terapia empregada) não foi significativa. [Conclusão]: Nessa amostra, foram identificados e caracterizados efeitos adversos tardios nos sobreviventes do câncer. A frequência e gravidade desses efeitos adversos não demonstraram diferenças entre os tratamentos empregados e nenhum fator preditivo esteve associado ao risco de aparecimento de tais efeitos.


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