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"A professora de nada": na consciência da ausência uma presença possível : arte no espaço e tempo do cotidiano escolar

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2015

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Resumo / Abstract

O desejo de divisar vazios nos espaços-tempos instituídos para as aulas de Arte, no cotidiano escolar, significa que tanto o espaço quanto o tempo podem constituir-se como categorias de mediação, promovendo a aproximação da criança com os objetos artísticos, criando, lendo e fruindo imagens. Dessa forma, o tempo e o espaço instituídos para as aulas de Arte na escola podem retirar a qualidade da experiência, provocar tensão e interferir nas formas de pensar e de agir. A arte no cotidiano escolar foi objeto de estudo desta tese do programa de Pós-Graduação em Educação, na linha do Cotidiano Escolar. A experiência por meio do projeto: Tempo de Arte – a criação enquanto ocupação do sensível aqui relatada e analisada como pesquisa-ensino, foi desenvolvida no período letivo de 2012 e 2013, numa Escola Pública Estadual e envolveu alunos do Ensino Fundamental II. O problema de pesquisa foi estabelecido com a seguinte questão: como interferir nos espaçostempos instituídos para as aulas de arte na escola? O que provocou uma tensão entre o que é real e o que é possível. O real sendo os espaços e tempos instituídos e o possível como a prática que emerge da tensão entre o instituído e o possível, na experiência cotidiana. A pesquisa-ensino compôs-se de três eixos: Cotidiano Escolar, Prática docente, Ensino de Arte, articulados a partir das seguintes categorias de análise: experiência, espaço e tempo. Alguns autores, como Dewey; Benjamin; Certeau, Boaventura Santos, entre outros, constituíram o referencial teórico para a compreensão e análise da experiência no cotidiano escolar. A experiência do projeto ―Tempo de Arte: a criação enquanto ocupação do sensível‖ permitiu pensar a Arte nos espaços-tempos praticados no cotidiano escolar como uma possibilidade de mediação para sensibilizar os alunos e instituir outras maneiras de se constituir o tempo e o espaço para a Arte.


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