Navegando por Assunto "Cogumelos"
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- DissertaçãoBiocarvão de resíduo da produção da fungicultura para tratamento de água contaminada com hormônios(2021) Vieira, Raquel Andrade LeiteMétodos de tratamento de água usando biocarvão (biochar) têm sido uma alternativa sustentável para a remoção de contaminantes da água. A utilização de resíduos orgânicos para a produção de carvão tem se mostrado viável devido ao fato de que a maioria desses materiais, após tratamento térmico, apresenta grande área superficial e formação de poros, potencializando a capacidade de adsorção de contaminantes emergentes como os hormônios. Desta forma, um novo biocarvão de substrato pós-cultivo de cogumelo foi produzido e avaliado para remover hormônios da água. Os substratos de cogumelos foram secos, triturados e pirolisados. A pirólise foi realizada em duas condições, a 250 e 450ºC com tempo de residência de 1h e a 600ºC por 20min. Os carvões obtidos foram previamente testados em batelada com uma solução de 17α-etinilestradiol e progesterona. A técnica de Cromatografia Líquida de Alta Eficiência foi utilizada para determinar a concentração final remanescente na água e calcular o percentual de remoção do hormônio, avaliando qual carvão obteve o maior percentual. Em seguida, foram realizados os ensaios de cinética, isotérmica e de leito fixo, além da caracterização do biocarvão por meio de análise de Microscopia Eletrônica de Varredura. Nas imagens obtidas da análise microscópica, mostraram-se diferenças favoráveis ao carvão de 600 ºC, que apresentou uma área superficial maior, com mais formação de poros e reentrâncias. O carvão obtido à temperatura de 600 ºC também foi o que apresentou melhor percentual de remoção para os dois hormônios, nos primeiros testes, sendo para o 17α-etinilestradiol (EE2) superior a 88% e o da progesterona superior a 90%. Os resultados do estudo da cinética e da isoterma também confirmam os resultados prévios, sendo o qmáx para a progesterona no modelo de Sips foi de 119.3 mg progesterona/ g biocarvão e de 16,35 mg EE2/g biocarvão no modelo de Langmuir. Em conclusão, o biocarvão apresentou um bom percentual de remoção e pode ser utilizado como parte do processo de tratamento da água para remover contaminantes como os hormônios.
- DissertaçãoBiossorção de medicamentos por cogumelos(2019) Menk, Josilene de JesusMuitos resíduos de fármacos são encontrados em efluentes de estações de tratamento de esgotos e de água, e em outras matrizes como solo e águas superficiais. Alguns biosorventes como a quitina e a quitosana tem sido estudados, e essas substâncias estão presentes nos cogumelos champignon (Agaricus bisporus) e o shiitake (Lentinula edodes). Assim, este trabalho avaliou a eficiência de biossorção dos talos de champignon e shiitake, e do substrato do shiitake, em águas contaminadas com paracetamol e 17 α-etinilestradiol (EE2). Os talos dos cogumelos e o substrato foram secos e moídos. As partículas resultantes foram caracterizadas fisicamente (porosidade) e quimicamente (ponto de carga zero (PCZ), grupamentos químicos, grau de desacetilação (GD) da quitosana). A capacidade de adsorção das partículas foi avaliada por cinética de adsorção e isoterma de adsorção. Na análise física, a maior porcentagem de porosidade e de poros fechados e abertos foi encontrada nos talos do shiitake e do champignon. Os resultados de PCZ se mostraram levemente ácidos para todas as amostras. Com relação aos grupamentos químicos, todas as amostras presentaram bandas de estiramento semelhantes ao padrão da quitosana. Porém, o GD da quitosana no talo do shiitake foi maior comparado aos demais. Em relação à cinética de adsorção do EE2, o shiitake adsorveu 100% em 24 h, o champignon 100% em 30 min, e o substrato adsorveu 80% em 30 min. Para a cinética de adsorção do paracetamol, o shiitake adsorveu 98% em 12 h; o champignon 99% em 24h e o substrato do shiitake 96% nos primeiros 10 min. Na isoterma do EE2, as concentrações máxima (qmáx) de adsorção foram 5,62, 18,95 e 0,31 mgEE2/g de talo de shiitake, champignon e substrato do shiitake, respectivamente. Para a isoterma do paracetamol, as qmáx foram 34,20 e 338,08 mg/g de talo de shiitake e champignon, respectivamente. Assim, conclui-se que ambos os talos de cogumelos têm boa porosidade, mas o champignon demostrou melhor comportamento quanto à adsorção do EE2 e do paracetamol. A reutilização dos resíduos da indústria fúngica alimentícia pode reduzir o impacto ambiental e pode agregar valor ao produto, pois são eficazes e tem baixo custo.
- DissertaçãoUtilização do substrato de cultivo do cogumelo Lentinula edodes como aditivo aplicado ao concreto de cimento Portland(2019) Pires, Vitor RogérioVários estudos foram realizados para a reutilização pós-cultivo do substrato de cogumelo Lentinula edodes (Shiitake), mas existem casos em que ele é descartado no meio ambiente, poluindo e servindo de criadouro de insetos e outras pragas. O objetivo deste trabalho foi avaliar a aplicação do substrato como aditivo do concreto, estudar sua constituição química e avaliar os corpos de prova. O Design of Experiments (DoE) foi adotado como método multivariado para estudar os efeitos dos fatores, concentração do substrato e tipo de concreto, sobre resistência à compressão mecânica dos corpos de prova ao longo do tempo, assim como avaliar a absorção de água. Os blocos de substrato foram selecionados aleatoriamente, secos em estufa, moídos e preparados para análise química e para moldagem dos corpos de prova de concreto com cimento Portland. Nos corpos de prova foram realizados ensaio de resistência à compressão mecânica, na prensa hidráulica, e ensaio de absorção de água no tanque de imersão. Na análise elementar das amostras de substrato, realizada por meio de Fluorescência por Raios-X, o substrato sem produção (SSP) apresentou diminuição das concentrações médias de cálcio (66,18 %), silício (82,20 %), fósforo (46,24 %), manganês (36,26 %) e zinco (36,93%) quando comparado com os outros dois tipos de substratos, em início de produção (SIP) e em fim de produção (SFP). Os traços de concreto 1:1,5:2,2 e 1:2:3, quando aditivados com 5 % de substrato, resultaram aos 28 dias após moldagens em resistências média à compressão de 0,19 MPa e 0,30 MPa, e média de absorção de água de 10,17 % e 9,03 %, respectivamente. Porém, aditivado a 1 % apresentou resistências média à compressão de 18,87 MPa e 21,57 MPa, com média de absorção de água de 5,58 % e 6,44 %, respectivamente, e sem aditivo valores de 28,62 MPa e 17,28 MPa para resistências à compressão e de 6,23 % e 5,44 % para absorção de água, respectivamente. Através do DoE foi possível calcular a interação entre tipo de concreto e as concentrações de substrato, sendo que no estudo em 14 dias foi significativa (t4xs(efeito)=1,83 e interação de 7,74±3,87). Concluímos que o substrato de Shiitake pode ser utilizado como aditivo na construção civil em pisos drenantes ou impermeabilizantes de paredes.