Navegando por Assunto "Matéria médica vegetal"
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- DissertaçãoEfeitos do cogumelo Lentinula edodes (shiitake) na exposição materno-fetal ao metotrexato(2014) Frizo, ItaloO emprego de cogumelos medicinais, como recurso de prática generalizada na medicina popular e tem aumentado acentuadamente nas últimas décadas. A utilização do Lentinulaedodesvem crescendo significativamente e, em alguns países é utilizado tradicionalmente por suas propriedades terapêuticas. Neste trabalho pretendeu-se a avaliar o efeito protetor do Lentinulaedodes sobre uma droga imussupressora (metotrexato) em modelo gestação em ratas. Foram utilizadosos seguintes tratamentos: Lentinulaedodes 0.4g/kg/dia (SI), Lentinulaedodes 0.8 g/kg/dia (SII), metotrexato 0.20 mg/kg/dia (MTX), Lentinulaedodes 0.4g/kg/dia + metotrexato 0.20 mg/kg/dia (SIMTX), Lentinulaedodes 0.8 g/kg/dia + metotrexato 0.20 mg/kg/dia (SIIMTX). Foram avaliados os parâmetros bioquímicos sanguíneos maternos (ATL, AST, creatinina, ureia e estresse oxidativo) e morfológicos fetais. Os resultados obtidos indicam que a amostra de Lentinulaedodes utilizadaencontrou-se dentro dos parâmetros descritos na literatura para as concentrações de glucanas e de compostos fenólicos.Tanto o Lentinulaedodes (SI e SII) quanto o MTX,como as associações (SIMTX SIIMTX) não promoveram efeitos de toxicidade materna, entretanto em todos os tratamentos observou-se efeito fetotóxico. O Lentinulaedodes apresenta um efeito importante sobre a capacidade reprodutiva das ratas durante o período de pré--implantação, sendo que este reverte os efeitos deletérios promovidos pelo MTX nesta fase. Pode-se concluir que a utilização doLentinulaedodes como protetor na exposição ao metotrexato deve ser considerada para se evitar abortos espontâneos, entretanto, por apresentar efeitos fetotóxicos, suas doses devem ser bem definidas.
- DissertaçãoEnsaios pré-clínicos da exposição materna à Caesalpinia ferrea(2015) Pickler, Thaisa BorimA espécie Caesalpinia ferrea cresce em todo o Brasil, sendo largamente utilizada nas regiões Norte e Nordeste no tratamento de tosse crônica, asma, ulcera gastroduodenal e tuberculose. Tradicionalmente é sugerida no tratamento sintomático de lesões cutâneas e de mucosas, assim como no tratamento de glicosúria. O objetivo do trabalho foi realizar ensaios pré-clínicos da exposição materna à Caesalpinia ferrea a fim de estudar os efeitos dos extratos hidroalcoólicos secos reconstituídos de cascas e sementes da Caesalpinia ferrea na evolução da gestação de ratas. Para isso, as ratas prenhes foram expostas, durante todo o período de gestação, às doses de 1,0 g/kg/dia (por via oral) aos extratos hidroalcoólicos secos reconstituídos da casca do lenho (GCas), das sementes (GSem), e o grupo controle recebeu solução salina (0,9%) - GC. Para a avaliação de toxicidade pré-clínica foram utilizadas análises bioquímicas de alanina aminotransferase - ALT, aspartato aminotransferase - AST, creatinina, ureia, cálcio, glicose, triglicérides, colesterol total, lipoproteínas de alta densidade - HDL; índices hematimétricos; dosagens de glutationa reduzida - GSH, catalase e glutationa peroxidase - GPx; e análises de capacidade reprodutiva. Os resultados da avaliação materna indicaram que não houve alterações na capacidade reprodutiva, entretanto houve aumento dos níveis de creatinina (F=3,996, p<0,05) e uma redução plaquetária (F=15,141, p<0,01) no GSem, indicando uma provável toxicidade materna. A toxicidade fetal foi demonstrada através de alterações encontradas no líquido amniótico e na placenta dos fetos. A análise do líquido amniótico indicou um aumento de AST no GSem (F=3,93, p<0,05), aumento nos níveis de glicose em GCas e GSem (F=11,26, p< 0,01), além de redução dos níveis de cálcio no GSem (F=6,095, p<0,05). A análise de placentas indicou um aumento dos níveis de triglicérides no GCas (F=5,032, p<0,005). Estes dados, tomados em conjunto, sugerem que o extrato hidroalcoólico seco reconstituído de sementes de Caesalpinia ferrea não é seguro quando administrado durante o período de gestação de ratas.
- DissertaçãoEstudo da composição química elementar de extratos secos de plantas medicinais e plantas medicinais moídas pela técnica de fluorescência de raios-x(2019) Estanagel, Thais Hora PaulinoExtratos de plantas medicinais são usados em diferentes tipos de produtos em diferentes áreas, como a farmacêutica, cosmética, alimentícia e veterinária. O metabolismo do corpo humano é regulado pela presença ou ausência de certos elementos químicos, alguns destes são responsáveis por funções celulares vitais para o ser humano como o potássio, o ferro e o cálcio. Outros elementos como metais pesados (As, Hg, Cd e Pb) mesmo em concentrações muito baixas são altamente tóxicos. Portanto, há necessidade de se investigar a composição química de plantas e extratos medicinais, pois a presença em concentrações excessivas de alguns elementos, assim como a deficiência de outros, pode levar a uma série de distúrbios metabólicos. O metabolismo das plantas, o tipo de solo e os métodos de obtenção dos extratos podem influenciar na composição fitoquímica dos extratos. Com isso em mente, é necessário investigar a composição dos elementos químicos desses extratos com a finalidade de detectar a presença de contaminantes nocivos à saúde ou acima dos níveis estabelecidos pelos órgãos reguladores. Principalmente investigar a contaminação por metais pesados como As, Pb, Hg e Cd. O objetivo deste trabalho foi avaliar a composição química de plantas moídas e extratos secos de plantas medicinais utilizando a técnica de Fluorescência de Raios-X por Dispersão de Energia (ED-XRF). A metodologia utilizada está baseada na seleção de 20 amostras, que foram prensadas com uma força de equivalente a 15 toneladas usando máquina de compressão para formarem pastilhas. Pastilhas com concentrações conhecidas dos elementos químicos de interesse foram usadas para calibrar o sistema de ED-XRF. As análises qualitativas e quantitativas dos extratos secos e plantas medicinais moídas foram feitas no Laboratório de Física Nuclear Aplicada da Universidade de Sorocaba – Uniso e indicaram a presença dos seguintes elementos: As, Cr, Cu, Fe, Ni, Zn, Si, P, S, Cl, K, Ca, Ti, V, Mn, Co, Rb, Zr, Cd, Sn, Ba, Hg, Pb, Bi, Mo e Pt. O que confirma a nossa hipótese sobre a necessidade de avaliar estes e outros produtos para consumo humano.
- DissertaçãoEstudos in vitro e in vivo da Plathymenia reticulata Benth(2009) Albuquerque, Lia Barros LeiteA Plathymenia reticulata Benth. (Pr.) pertence à família Leguminosae, é uma planta típica do cerrado conhecida vulgarmente como vinhático. A entrecasca do caule é utilizada popularmente no tratamento de processos inflamatórios. Segundo normas vigentes no Brasil (RDC nº 17), para o registro de medicamento fitoterápico é necessário apresentação de relatório técnico com informações que incluem estudos científicos que comprovem a segurança de seu uso. O presente trabalho avaliou a segurança do extrato hidroalcoólico da Pr. através de testes in vitro avaliando a citotoxicidade utilizando Células de Ovário de Hamster Chines (CHO) e in vivo durante a gestação de ratas. A citotoxidade foi avaliada, expondo células CHO a diferentes concentrações do extrato. As células viáveis foram quantificadas utilizando o corante vital MTS/PMS (3-(4,5-dimetiltiazol-2-il)-5-(3-carboximetoxifenil)- 2-(4 sulfofenil)- 2H-tetrazólio)/(Phenazine methosulfate). A concentração não tóxica foi de 0,113 mg/mL, e a concentração tóxica, que mata 50% das células viáveis foi de 0,331 mg/mL o que predeterminou a dose letal que mata 50% dos animais (DL 50 = 1.379,67 mg/Kg) do extrato, reduzindo o número de animais utilizados nos testes in vivo. O extrato hidroalcoólico da planta foi administrado diariamente as ratas prenhes, por via oral (0,5 g/Kg e 1 g/Kg), do primeiro ao décimo oitavo dia de gestação. No décimo nono dia realizou-se a cesária, onde foi observado o desempenho reprodutivo das ratas. Considerando que as Leis vigentes do País determinam que sejam realizados testes complementares de determinação do potencial teratogênico das diversas espécies vegetais medicinais, nossos resultados indicam que o extrato hidroalcoólico da Plathymenia reticulata Benth., não apresentam a possibilidade de causar má formação congênita, porém observou-se algumas alterações estatisticamente significativas quando comparado com o controle, sendo assim, são necessários mais estudos complementares sobre o extrato para determinar o potencial tóxico do mesmo e assim ser um indicativo para o uso seguro.
- DissertaçãoFitoterápicos de uso oral comercializados no Brasil para o tratamento da osteoartrite: revisão sistemática e metanálise(2016) Moura, Mariana Del GrossiA osteoartrite (OA) afeta 1% da população mundial e é a causa mais comum de incapacidade músculo-esquelética em idosos. Medicamentos à base de plantas medicinais são comumente comercializados e usados pela população brasileira para controlar os sintomas associados à OA. O objetivo deste estudo foi avaliar a efetividade e a segurança de 13 medicamentos à base de plantas comercializados no Brasil para o tratamento da OA. Trata-se de uma revisão sistemática e metanálise de ensaios clínicos controlados randomizados em pacientes adultos com OA de joelho e/ou quadril tratados com fitoterápicos das plantas: Harpagophytum procumbens, Uncaria tomentosa, Salix alba (ambos financiados pelo governo brasileiro), Curcuma longa (ou Curcuma domestica), Chenopodium ambrosioides, Cordia curassavica (ou Cordia verbenacea), Zingiber officinale, Persea gratissima (ou Persea americana) (pertencem a Relação Nacional de Plantas Medicinais de Interesse ao Sistema Único de Saúde), Boswellia serrata, Bowdichia virgilioides, Salix daphnoides, Salix purpurea e Uncaria guianensis, em comparação com placebo ou controles ativos. A busca por estudos elegíveis foi realizada nas bases de dados eletrônicas: CENTRAL; MEDLINE; EMBASE; CINAHL; Web of Science; Health Star; AMED, the database of the Cochrane Complementary Medicine Field, LILACS; CAB abstracts, clinical trial.gov, WHO Trial Register e Banco Nacional de teses da CAPES. Foram combinados os termos que descrevem OA e as plantas medicinais, individualmente. Foram medidos os desfechos primários: dor, função física, rigidez, edema, qualidade de vida e os desfechos secundários: eventos adversos, número de pacientes que relataram eventos adversos, satisfação com o tratamento, consumo de medimento de resgate e mudança na estrutura da articulação. De 2.241 estudos encontrados, 16 foram incluídos na revisão sistemática, e destes, nove foram incluídos na metanálise. Apenas três estudos preencheram todos os critérios de análise crítica e apresentaram risco mínimo de viés. H. procumbens teve eficácia semelhante à diacereína, apresentou melhor perfil de segurança e usou menos medicamento de resgate. B. serrata foi mais eficaz para dor e função física, e foi considerada mais segura comparada ao placebo e ao valdecoxibe. Os resultados da metanálise não comprovaram o benefício da U. guianensis em relação ao placebo para reduzir a dor; e nem da S. purpurea e S. daphnoides em relação ao placebo e ao diclofenaco para redução da dor, embora tenham se mostrados seguros. C. longa não foi superior ao ibuprofeno para a redução da dor e melhora da função física, mas foi considerada mais segura. Z. officinalle mostrou ser mais eficaz que placebo na redução da dor, e apresentou perfil de segurança semelhante ao diclofenaco e placebo. Os resultados deste estudo devem ser vistos com cautela devido ao baixo número de estudos incluídos. As evidências não foram suficientes para afirmar a efetividade e segurança destes fitoterápicos para AO. Desta forma, este estudo orienta os gestores do sistema de saúde pública e prescritores na tomada de decisão quanto ao uso destes fitoterápicos para OA.
- DissertaçãoPropriedades do cogumelo culinário-medicinal Lentinus edodes no desenvolvimento materno-fetal de ratas com diabetes melitus gestacional(2018) Laurino, Letícia FavaraIntrodução: A prevenção e o tratamento do GDM (diabetes mellitus gestacional) são de extrema importância, sendo a terapia nutricional uma das principais formas para o controle glicêmico adequado. A busca por produtos naturais com efeitos antidiabéticos tem aumentado na medicina preventiva, sendo o cogumelo Lentinus edodes um dos mais consumidos e estudados do mundo, devido ao seu valor nutricional e potenciais ações terapêuticas. A presença de β-glucanas e compostos fenólicos indica que este cogumelo pode ser usado como suplemento nutricional com alto poder antioxidante. Objetivo: avaliar por meio de testes pré-clínicos as propriedades da exposição diária ao Lentinus edodes em ratas com GDM-STZ (diabetes mellitus gestacional induzida por estreptozotocina). Métodos: Foram empregadas técnicas de avaliação perinatal com a exposição materna diária ao pó liofilizado de Lentinula edodes antes (GDM+Leb) e após (GDM+Lea) a indução do diabetes gestacional com estreptozotocina (40 mg/kg, intravenosa) no 8º dia de gestação. Foram realizados: (1) teste materno de tolerância oral à glicose; (2) avaliação da capacidade reprodutiva; (3) avaliações bioquímicas e de estresse oxidativo de sangue materno e placenta e avaliação bioquímica de líquido amniótico; (4) hemograma materno completo; (5) dosagens de insulina e (6) avaliações do desenvolvimento embriofetal. Resultados: Lentinus edodes não reduziu a hiperglicemia severa da mãe-concepto, mas promoveu melhora na tolerância materna à glicose, aumento nos níveis de insulina maternos e no líquido amniótico. Ambos os grupos tratados com o cogumelo reduziram os níveis de ALT (alanina aminotranferase) e AST (aspartato aminotranferase). Também reduziu os níveis de triglicérides das ratas GDM e de colesterol total. O Lentinus edodes não foi capaz de alterar a redução do ganho de peso materno, mas protegeu os animais das perdas pós-implantação e promoveu aumento das medidas fetais, o que indica possível efeito protetor do cogumelo quando administrado antes da estreptozotocina. A administração de Lentinus edodes no GDM-STZ melhorou alguns parâmetros de estresse oxidativo, protegendo mãe e concepto dos danos da hiperglicemia. Conclusão: A dose intravenosa de 40 mg/kg de STZ promoveu diabetes severo e prolongado. O Lentinus edodes administrado antes da STZ promoveu melhora na tolerância materna à glicose, protegeu os animais das perdas pós-implantação, apresentou redução nos níveis de colesterol total e aumento nos níveis de insulina. Nos grupos GDM+Leb e GDM+Lea, os danos hepáticos provocados pela STZ foram revertidos. O cogumelo Lentinus edodes possui propriedades antioxidantes que podem minimizar os danos causados pelo diabetes mellitus gestacional.