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Nas encruzilhadas das epistemologias do Sul: um blues em sul maior

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2023

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Resumo / Abstract

A tese contribui na investigação da interseção entre imagens, saberes e culturas, na proposta de uma abordagem inclusiva e crítica, de transformação social e reflexiva sobre as questões de poder no colonialismo e eurocentrismo, na diversidade e possibilidades de emancipação. Dentro deste contexto a pesquisa trabalha na elaboração da metodologia da Cartografia Imagética e Ciência Decolonial, explorando a aplicação de seus conceitos na compreensão das diversas realidades e implicações culturais, o que se define no conceito de Terceira Realidade. O objetivo da pesquisa ao explorar e desenvolver a metodologia da cartografia imagética em consonância com a teoria decolonial elabora o conceito de Terceira Realidade, na perspectiva de abordar a diversidade e suas convergências como utopia possível de compreensão e convivência comunitária dentro das diversas realidades existentes em um mesmo espaço, tempo e contexto; confluindo em uma nova maneira de nos comunicarmos com a complexidade das relações socioculturais. Outros objetivos são explorados para a definição da metodologia, explorando a investigação do pensamento decolonial, a luta contra o eurocentrismo, definição do conceito do pesquisador na figura do Agrimensor-Flâneur e apresentação de alternativas de pesquisas futuras para testar e explorar a cartografia imagética junto ao conceito de terceira realidade. A fundamentação teórica tangencia o eurocentrismo com Boaventura, Benjamin, Rancière, Debord e Belting, que são transformadas nos teóricos decoloniais para responderem as perspectivas do Sul, a exemplo de Bispo dos Santos, bell hooks, Paulo Freire e Frantz Fanon. Nesta constelação intelectual que inserimos a fundamentação da pesquisa para formatar as questões dentro das epistemologias do Sul, ciência decolonial, cartografia crítica, consciência das estruturas de opressão do colonialismo e eurocentrismo, e conceitos de igualdade e transformação social a partir da reflexão sobre poder, diversidade e emancipação. Estes pensadores, teorias e conceitos interligados são a base e orientação da pesquisa para realizar um pensamento crítico sobre as possibilidades e alternativas de sociedade inclusiva e efetivas transformações das realidades culturais e sociais. O percurso metodológico inicia com a fenomenologia e a etnologia, no desenvolvimento do trabalho vão se transformando e construindo percursos na confluência de saberes através de leitura atenta e reflexiva principalmente dos autores decoloniais, nas possibilidades de aplicação prática de seus princípios, para se transformarem nas concepções da cartografia imagética e ciência decolonial. Nessa transformação epistemológica que estamos propondo a cartografia imagética e a terceira realidade se mostram mais que uma metodologia e um conceito, elas se configuram em uma forma de pensamento e ação, estimulando o diálogo entre diferentes áreas do conhecimento, integrando a diversidade cultural, a empatia, a ação concreta de resistência e as utopias possíveis e revolucionárias.


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