Do bife ao infinito: relações de consumo da revista Cláudia
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Resumo / Abstract
A revista Claudia é um veículo de comunicação, um bem simbólico e um produto de mercado. O consumo está presente em todas essas instâncias. Consumir essa revista é vivenciar fruições por meio de processos de significação. A relação da leitora com o consumo é firmada em mediações simbólicas em que mercadorias se traduzem em sensações; pessoas se transformam em produtos; necessidades dão lugar a desejos; o ato de comprar se torna um instrumento para construir a própria identidade. O consumo, na revista Claudia, pode ser visto como o centro de convergência dos interesses da leitora, do anunciante e, por conseqüente missão, do próprio editor que deve atender às expectativas de leitura de sua audiência e estabelecer a viabilidade para a publicação de anúncios nas páginas da revista. O método de pesquisa utilizado se deu pela análise do conteúdo redacional e publicitário das edições impressas e do website dessa revista durante o período de 2009 a 2010. Neste trabalho, as relações com o consumo estão muito mais embasadas na análise dos signos do que na análise econômica; mais voltadas a Barthes do que a Marx; mais atreladas à idéia do poder da agência humana do que à idéia de alienação e domínio do homem. É inegável que as seduções do consumo podem levar uma sociedade ao efêmero, à opressão e ao agravamento das diferenças de classes. Igualmente inegável é que signos do consumo, muitas vezes, se configuram como instrumentos para a comunicação social. As reflexões suscitadas nesta dissertação não convidam ao julgamento do caráter do consumo, mas, sugerem contemplá-lo por meio de alguns signos apresentados pela revista Claudia.