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Faculdade de Tecnologia de Sorocaba: divisão sexual do trabalho e carreira acadêmica

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Data

2019

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Dissertação

Curso



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Resumo / Abstract

O tema da pesquisa é a Faculdade de Tecnologia de Sorocaba e a identificação da divisão sexual do trabalho na carreira acadêmica. Este estudo vincula-se a linha de pesquisa história e historiografia: políticas e práticas escolares e ao grupo de estudo instituição escolar: História, trabalho e políticas de educação profissional - HISTPEP – CNPq. A pergunta que norteou a pesquisa foi de que maneira e em que condições se reproduz a divisão sexual do trabalho no processo de formação profissional? A resposta foi que essa divisão acontece por razões históricas e culturais que marcam as profissões de acordo com identidades de gênero, de tal forma que as mulheres sejam designadas às esferas privadas e de cuidados e os homens à esfera pública e ao mundo produtivo O ambiente acadêmico reproduz em seu espaço, as relações sociais dessa divisão que não diferem daquelas estabelecidas na sociedade no âmbito social. O principal objetivo da pesquisa foi identificar de que forma e em que condições se dá a divisão sexual do trabalho na Faculdade de Tecnologia de Sorocaba com foco na baixa representatividade feminina em áreas dominadas pelos homens, como é a área da tecnologia. O procedimento metodológico adotado foi a pesquisa exploratória de caráter analítico e interpretativo, iniciada com uma pesquisa bibliográfica em que buscou-se, sobretudo identificar a natureza da divisão sexual do trabalho bem como suas novas configurações, o contexto histórico em que se dá a implantação da primeira Faculdade de Tecnologia do Centro Estadual de Educação Tecnológica Paula Souza (CEETEPS) em Sorocaba e de que forma as teorias sobre a divisão sexual do trabalho se relacionam com a educação tecnológica. Foram utilizadas informações cedidas pela Faculdade de Tecnologia de Sorocaba acerca de alunas e alunos ingressantes e formados a partir de meados dos anos de 1990, bem como dados do corpo docente, dos quatro primeiros cursos implementados na instituição: Tecnologia em Fabricação Mecânica, Projetos Mecânicos, Análise e Desenvolvimento de Sistemas e Sistemas Biomédicos. A análise comparativa das taxas de estudantes ingressantes e concluintes por sexo, em cada um dos cursos e as diferenças verificadas entre professoras e professores no que diz respeito à área de atuação, grau acadêmico e quantidade confirmam que a área não apresentou avanços significativos em relação a igualdade de gênero. Dos anos de 1990 até os dias de hoje, quer seja em números de mulheres presentes ou na ascensão destas aos níveis mais altos da carreira dentro da instituição, confirmamos a forte masculinização dos cursos de tecnologia, através dos princípios primordiais da divisão sexual do trabalho: o da separação (divide os trabalhos e conhecimentos de acordo com o sexo) e o da hierarquização ( o trabalho de “homem” possui maior valorização social e financeira).


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