Navegando por Assunto "Fotografia"
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- Dissertação"A escrita da luz": um olhar para o processo comunicativo em fotografias de Angelo Pastorello(2009) Silva Neto, José Ferreira daEsta pesquisa tem o propósito de refletir sobre a fotografia enquanto linguagem. Decorrem daí os objetivos específicos: a) explicitar aspectos do papel da luz na linguagem fotográfica; b) rever o papel das técnicas de produção de imagens como balizadoras da leitura de imagens fotográficas; c) enfatizar a potencialização de aspectos qualitativos em imagens fotográficas por meio da análise de fotografias de Angelo Pastorello, advindos do efeito de técnicas e dos efeitos da luz prioriza e d) identificar a predominância das imagens selecionadas como ícones em detrimento dos índices ou símbolos. A presença da luz na potencialização dos efeitos qualitativos das imagens desse fotógrafo foi a hipótese aventada. Daí, percorrer o trajeto da luz nas fotografias escolhidas foi a estratégia dessa leitura que teve na teoria semiótica de Charles Sanders Peirce o suporte metodológico para a análise do objeto de estudo. Tal teoria, articulada com ideias de teóricos da fotografia – Philippe Dubois, Roland Barthes, Vilem Flusser –, de autores estudiosos da imagem – Jacques Aumont, Boris Kossoy – bem como, atrelada ao signo estético de Charles Sanders Peirce na voz de Lucia Santaella, permitiu que trilhássemos o caminho revelador do esmaecimento do vínculo entre fotografia e o real e, consequentemente, a proeminência do caráter estético, que a coloca na esfera do sensível, da originalidade, do acaso, da possibilidade e da qualidade.
- DissertaçãoComunicação e rostidade: um estudo com fotorretratos criados por Richard Avedon(2017) Eisinger, Rafael BernardoO fotográfico é o tema dessa pesquisa, que prioriza fotorretratos criados por Richard Avedon, sendo norteada pela questão: os fotorretratos criados por esse fotógrafo suscitam críticas à realidade? Assim, delineia-se o objetivo geral de compreender o potencial comunicativo de fotorretratos, na relação com o conceito de rostidade, bem como os seguintes objetivos específicos: tratar a fotografia, como uma imagem técnica, de acordo com o pensamento flusseriano; delinear um percurso para decodificação da fotografia, na perspectiva de Flusser; tratar do conceito de rostidade, do ponto de vista de Deleuze e Guattari, bem como explicitar aspectos comunicativos engendrados nesses fotorretratos, à luz desse conceito, que levem o intérprete a elaborar críticas à realidade. Para tanto, as estratégias metodológicas envolvem documentação indireta, com pesquisa bibliográfica; decodificação de fotorretratos, aplicando estratégias advindas do pensamento flusseriano e aprofundadas a partir do conceito de rostidade. Compõem o corpus da pesquisa cinco fotorretratos criados por Richard Avedon, que constam no livro Richard Avedon Photographs 1946-2004, de 2007. Entre os resultados, ressaltamos que os fotorretratos analisados reavivam questões políticas e imagens construídas e cristalizadas pelas mídias, no entanto, não propiciam crítica à realidade. Elas não vão além do dispositivo muro branco/buraco negro, o que, portanto, não contribui para a transformação da realidade. Essa pesquisa é relevante, de um lado, por resgatar a memória do fotográfico, ao abordar o processo de produção de Richard Avedon; de outro, por refletir sobre a relação entre fotorretrato e rostidade, enquanto dispositivo. Assim, por envolver a produção e a análise de fotografia, a pesquisa é aderente à linha de pesquisa Análise de Processos e Produtos Midiáticos.
- DissertaçãoDa bengala branca à caixa preta: o aparelho técnico como possibilidade do registro da luz na criação fotográfica do deficiente visual(2024) Rezende, Fernando GonçalvesA presente pesquisa apresenta resultados de estudos com apoio da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES), cujo contexto são as práxis fotográficas. Como objeto de investigação, trazemos a fotografia de João Maia, fotógrafo paraolímpico deficiente visual. Assim sendo, para alicerçar nossos estudos e analisar as imagens de Maia, nos apoiaremos nos conceitos flusserianos na obra Filosofia da caixa preta – Ensaios para uma futura filosofia da fotografia. Para Flusser, os recursos técnicos são limitantes, e o fotógrafo que não conhece os programas contidos no interior da caixa preta é um funcionário da máquina. Neste cenário, as imagens concebidas se apresentam como código de comunicação que são mediações entre o homem e o mundo. Sendo assim, a presente pesquisa tem como objetivo investigar o uso do aparelho técnico pelo fotógrafo paraolímpico cego, bem como procurar responder se João Maia é funcionário do aparelho fotográfico ou subverte-se dos programas integrados no interior da caixa preta. Para tanto, nos apoiaremos na fenomenologia de Edmund Husserl, Walter Benjamin nos apoia na história europeia da fotografia e, também, acerca da reprodutibilidade técnica. Roland Barthes nos ampara na questão da linguagem fotográfica. No que se refere a percepção dos sentidos de como João Maia cria suas imagens técnicas, nos sustentamos na teoria da Gestalt com Max Wertheimer. Christoph Wulf, nos sustenta em relação ao poder da imaginação que cria uma complexa evolução neurológica humana na qual a fantasia desempenha um papel singular na cognição cerebral. Da mesma forma, no esteio de Norval Baitello Júnior, escolhemos três obras para compreender conceitos sobre a criação fotográfica. A metodologia que optamos para o desenvolvimento da pesquisa foi a qualitativa. Para analisarmos as imagens do fotógrafo paraolímpico, nos apoiamos em sete fotografias que Maia nos cedeu para realizarmos a análise. Fotografias essas que foram concebidas pelo fotógrafo nas paraolimpíadas do Rio 2016 e em Tóquio, 2020. Para esta empreitada, Barthes, Baitello Júnior e Wulf nos sustentará em seus conceitos imagéticos. Apresentamos também a entrevista realizada com Maia, em abril de 2022, para entendermos sua criação fotográfica no sentido auditivo e no tatear da caixa preta na qual podemos evidenciar aperfeiçoamento nesses dois sentidos humano, bem como, João Maia, por meio da percepção, consegue se orientar no espaço-tempo para conceber imagens técnicas. A pesquisa é relevante por tratar das práxis fotográficas de um deficiente visual, cujo resultado nos leva a concluir que a visão fisiológica seria dispensável no ato de fotografar.
- DissertaçãoExposição Coexistence: o potencial comunicativo das imagens na constituição do tema da tolerância entre os povos(2009) Yabiku, Elson MokeiEsta pesquisa tem como objeto de estudo alguns painéis fotográficos que compõem a exposição Coexistence, sediada no museu da costura, em Jerusalém. Trazendo temas polêmicos e expondo os conflitos humanos motivadores de reflexão e comoção, essa exposição busca transmitir a mensagem de tolerância entre os povos. Fazendo uso da linguagem visual, ela intenciona atravessar barreiras linguísticas e alcançar o efeito de consciência global pelo diálogo, e o faz de maneira nada convencional. Nosso propósito é o de averiguar o processo comunicacional que caracteriza a exposição para então verificar o potencial comunicativo dessas peças ou a maneira como elas trazem em seu corpo sígnico a mensagem do estar-junto. Duas grandes vertentes teóricas contribuíram para essa empreitada: a primeira está centrada no pensamento de Maffesoli que sustenta a temática da exposição e faz dela uma comunicação “lococentrada”, já que enfatiza uma espécie de patrimônio afetivo, registro de modos de vidas da sociedade pós-moderna. A outra, relativa à elaboração da mensagem para atingir esses fins, está na maneira como qualidades se estruturam de modo a criar uma nova simbologia. Para fundamentar esse estudo da linguagem, nos amparamos no pensamento de Peirce. O percurso metodológico se fez mediante o recorte de imagens que permitissem a leitura centrada nos modos de viver junto preconizados por Maffesoli e nas peças que têm na qualidade ou nos qualissignos a natureza que permite a construção da nova simbologia anunciada – uma nova maneira de ver/ler ideias cristalizadas e instituídas – daí a leitura semiótica das peças. Os resultados a que chegamos permitiram-nos vislumbrar uma exposição que se constitui como campanha de ‘propagare’ uma idéia - a de conviver - e que se delineia como processo comunicacional que, ao primar pelos aspectos qualitativos, ao estabelecer um jogo com “símbolos”, propicia as atualizações de qualidades de sentimento no leitor, tornando possível leituras que se afastam daquelas já cristalizadas, fazendo com que o diálogo com esses “símbolos” leve à percepção e, provavelmente, ao entendimento da vida como fenômeno estético – o “estar junto” – coexistir é se permitir e permitir o outro...
- DissertaçãoFotografias contemporâneas: o Instagram como possibilidade tecnológica(2015) Paula, Daniela Ferreira Lima deEsta pesquisa insere-se no campo da imagem e trata das relações entre fotografia e cultura digital, a fim de propor uma reflexão crítico-conceitual pautada nas fotografias alocadas nas mídias sociais, em particular, no aplicativo Instagram. De modo mais específico, a pesquisa apresenta um debate crítico acerca da sociedade contemporânea, observada a partir de imagens produzidas e compartilhadas no Instagram. A maneira pela qual as tecnologias emergentes oferecem possibilidades as fotografias contemporâneas, tanto por funcionalidades técnicas como em “novas/outras” práticas culturais permeia a problemática desta pesquisa. Justifica-se, ao verificar por meio da mídia social Instagram, as especificidades das fotografias contemporâneas. O percurso metodológico constituise de investigação qualitativa (empírico-exploratória). O embasamento teórico ocorre pelos estudos contemporâneos, os quais contextualizam noções de atualização e inovação e aproximam os estudos culturais e as tecnologias emergentes. Os resultados apontam para desfechos instigantes a respeito das intersecções entre fotografia, cultura digital e tecnologias emergentes, com um ato fotográfico atualizado, com novas potências e possibilidades.
- DissertaçãoPossibilidades de pensar o tempo via fotográfico: ponto e interstício(2010) Ramos, Matheus MaziniEsta investigação se insere no campo da comunicação visual e lança um olhar para a fotografia com o objetivo de evidenciar as possibilidades de se pensar o tempo com o fotográfico, a partir de idéias que constam de “A Câmara Clara” de Roland Barthes. Nesse percurso, outros objetivos se delineiam, tais como: rever as idéias de Barthes que constam na obra mencionada, notadamente as noções de studium e punctum; refletir sobre a noção de temporalidade; explicitar o fotográfico como objeto semiótico e inventariar aspectos do tempo que vem com a relação tempo/movimento ou com o aspecto discreto/contínuo do tempo, o tempo da consciência ou temporalidade e na relação da semiose com o punctum. Para atingir tais objetivos, valer-se-á de Barthes, Dubois, Sontag, Samain e Entler, para tratar da fotografia; de Comte-Esponville, principalmente, para aspectos da temporalidade e, para ver o fotográfico sob um olhar semiótico, de idéias de Charles Sanders Peirce. Para completar o percurso metodológico, empreender-se-á análise semiótica de fotografias, análise essa que toma três tipos de olhar dirigidos sobre o objeto: o que contempla, o que discrimina e, finalmente, o que generaliza. A relevância desta pesquisa está na tentativa de redimensionar a imagem fotográfica no cenário atual permeado de representações visuais como constituintes das linguagens presentes nos processos comunicacionais.