Trabalhos de Conclusão de Curso (TCC)

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Possíveis sequelas da COVID-19 na audição e zumbido: uma análise bibliográfica
(2023) Oliveira, Bianca Anunciato de; Theodoro, Franciele D. da Silva; Souza, Patrícia Cristina Rosa de
Introdução: A pandemia da COVID-19 foi uma emergência de saúde pública global que assolou o mundo e é caracterizada como uma doença infecciosa causada pelo vírus SARS-COV-2 e tem como principais sintomas: febre, cansaço e tosse. Em casos mais graves, a COVID-19 pode levar a outras complicações que têm sido apontadas na literatura como a perda auditiva e zumbido. Objetivo: Realizar uma revisão de literatura sobre os impactos na audição e no zumbido em pacientes após a contaminação pela Covid-19. Métodos: Foi realizada uma busca bibliográfica dentro de plataformas de busca digitais sendo elas: Scielo, PubMed e Science Direct com as palavras-chaves “Sars-Cov-19", “Hearing loss’’, “audiology’’, “Covid-19’’ e “Tinnitus’’. A pesquisa considerou artigos dentro de um período de quatro anos (entre 2020 e 2023), sem restrição de idiomas. Foram avaliadas variáveis relacionadas ao tipo de pesquisa, país de publicação, achados e sequelas auditivas.Resultados: Foram encontrados inicialmente 235 artigos (dezessete no Science Direct, quatro no Scielo e cento e noventa no PubMed). Na etapa seguinte, foram excluídos 77 artigos duplicados na e após foram excluídos mais 110, que não tinham relação com sequelas auditivas. Ao final, restaram 48 artigos, que se enquadravam na temática do estudo, sendo a maioria do tipo pesquisa (38 artigos) e com maior prevalência de publicações na Turquia (16 artigos). Quanto aos achados auditivos, evidenciou-se a maior prevalência de artigos que trouxeram a relação da perda auditiva e a infeccão por Covid (19 artigos) e a sequela mais comum relatada foi a perda auditiva neurosensoail (19 artigos). Conclusão: Os estudos indicam que a Covid-19 pode levar a uma resposta inflamatória excessiva e danificar a orelha interna, o que faz com que o sujeito possa apresentar perda auditiva e zumbido, porém, ainda são necessários mais estudos para mapear e compreender de forma ampla todos os efeitos ocasionados pela SARS-COV-2 no sistema auditivo.
Perfil de pacientes com diagnóstico ou suspeita de Transtorno do Espectro Autista (TEA) em lista de espera de uma clínica escola em fonoaudiologia
(2023) Oliveira, Mayra Zanette de; Ramos, Nicoli Steffany Soares; Ramos, Sara da Silva
Introdução: O atendimento em um cenário de Clínica-Escola permite que os estudantes apliquem os conhecimentos adquiridos durante a graduação na prática, enquanto também oferecem atendimento à comunidade. A procura por estes atendimentos possuem alta demanda da população, o que resulta em listas de espera extensas. Dentre as principais demandas, destaca-se indivíduos com suspeita e/ou diagnóstico de Transtorno do Espectro Autista (TEA) que buscam pelo atendimento fonoaudiológico especializado. Objetivo: Identificar o perfil de pacientes com suspeita e/ou diagnóstico de TEA que aguardam atendimento em lista de espera de uma Clínica-Escola em Fonoaudiologia. Métodos: Foi realizado um levantamento dos indivíduos que aguardavam na lista de espera para atendimento fonoaudiológico com suspeita e/ou diagnóstico de TEA. Foram avaliados quanto a idade, ano de entrada na lista de espera e sexo. Resultados: Houve predominância de demanda de pacientes do sexo masculino, com ano de entrada na lista em 2023 de dentro faixa etária média de 4 a 6 anos. Conclusão: Foi possível observar a alta demanda da procura de atendimento fonoaudiológico nesta população, demonstrando a importância deste profissional na equipe terapêutica. É essencial a continuidade de estudos que abordem esta temática, a fim de otimizar os serviços em saúde e organizar as listas de espera.
Condições de saúde e suas implicações nas alterações vocais em professores: revisão bibliográfica
(2023) Oliveira, Ana Laura Vasconcellos Mastromauro de; Silva, Letícia Lima Lopes da; Almeida, Maitê Felippe Rodrigues de
INTRODUÇÃO: Os maiores índices de afastamento do trabalho são dados devido a saúde vocal do professor, sejam elas por uso excessivo da voz, falar alto e forte competindo com o ruído ambiente e por hidratação ineficiente durante o uso vocal constante. Os professores em sua maioria relatam desconforto vocal, afonia, tensão em ombros e pescoço e ou audíveis ao perceberem que sua voz está alterada. Outro fator importante a ser considerado é que os professores realizam maior esforço físico, exposição a pó de giz que prejudica a saúde vocal, maior permanência em pé, falta de tempo para estudar e preparar as aulas, além de cobranças e ritmo ágil de trabalho. OBJETIVO: Identificar na literatura a relação entre alterações vocais em professores e condições de saúde associadas. MÉTODOS: Foi realizado um levantamento de artigos nas plataformas Scielo e Lilacs, publicados no intervalo de 10 anos (entre 2013 e 2023). Os descritores utilizados foram ‘’saúde do trabalhador’’, ‘’professores’’, “voz”, e ‘’fonoaudiologia’’, sendo selecionados artigos apenas em língua portuguesa e excluídos àqueles publicados em outros idiomas e em outras formas de publicação. RESULTADOS: A análise final selecionou 26 artigos abordando a temática da voz do professor e saúde vocal. Dentre os artigos, a maioria dos professores lecionava no Ensino Fundamental (18 artigos), apresentou o ruído como principal queixa das condições de trabalho (14 artigos), elencada a carga horária de trabalho como extensa (13 artigos), demandas de saúde mental (15 artigos) e hábito de tabagismo (sete artigos). Houve predominância de publicações nos anos de 2019 (cinco artigos) e 2022 (cinco artigos) em Revistas de Saúde Coletiva (nove artigos) e Fonoaudiologia (sete artigos). CONCLUSÃO: Foram identificados artigos que relacionam a atuação do professor e a saúde vocal, sendo esta uma temática importante e crescente na área da Fonoaudiologia brasileira com enfoque na Saúde do Trabalhador
Caracterização da lista de espera de uma clínica escola em fonoaudiologia
(2023) Telli, Ana Gabriela de Castro; Carvalho, Caroline Kellen Melo e; Silva, Jessyca Alyne Ramos da
Introdução: A Fonoaudiologia contempla diferentes áreas de atuação e para o oferecimento deste Serviço, a Clínica-Escola emerge como uma possibilidade para atendimento de demandas da comunidade. Para a organização interna do Serviço, listas de espera são utilizadas para a organização e direcionamento para o atendimento fonoaudiológico especializado. Objetivo: Caracterizar a lista de espera de uma Clínica-Escola em Fonoaudiologia de uma Universidade privada do estado de São Paulo. Métodos: Foram analisados 1052 pacientes que aguardavam atendimento na lista de espera da Clínica referida quanto às variáveis de sexo, faixa etária, ano em que entrou na lista de espera e área em que buscava atendimento. Resultados: Os resultados indicaram uma predominância de pacientes do sexo masculino (65,1%), com uma faixa etária média de 4 anos, demanda na área de linguagem (80%), com predominância para a entrada na lista no ano de 2022. Conclusão: Foi possível caracterizar os pacientes que aguardam atendimento na Clínica-Escola referida, o que permitiu a compreensão dos serviços que devem ser oferecidos e ajustes em sua estrutura e oferecimento de acordo com o tempo e o tipo de atendimento fornecido.
Benefícios da terapia em grupo nos desvios fonológicos em crianças típicas: revisão de literatura
(2023) Costa, Iasmim Rafaela; Pereira, Leticia Gamarano Rodrigues; Recio, Nilceia Aparecida Soares
Introdução: Os desvios fonológicos são alterações que ocorrem, principalmente em crianças típicas, no período da aquisição de fala com predominância de dificuldades na produção de sons da fala, embora suas estruturas fonoarticulatórias e neurológicas estejam íntegras. Devido a alta procura da comunidade aos serviços de atendimentos fonoaudiológicos e a otimização dos serviços de saúde oferecidos, verifica-se a necessidade da realização da terapia em grupo como estratégia para esta demanda. Objetivo: Realizar um levantamento bibliográfico acerca da terapia em grupo com crianças que apresentam desvios fonológicos. Metodologia: Foi realizada a pesquisa em três bancos de dados (Science Direct, Scielo e PubMed). Foram utilizadas como estratégias de pesquisa os artigos disponíveis na íntegra e em língua portuguesa, que tinham como público-alvo crianças de 6 anos a 12 anos com desenvolvimento típico e publicados no intervalo de 10 anos (2013 a 2023). As palavras-chaves utilizadas foram "terapia em grupo"; "troca fonológica", "atraso na fala" e “crianças típicas”. Resultados: Foram encontradas 33 pesquisas sobre o tema e, eliminadas as que não correspondiam aos critérios de inclusão, sendo selecionadas seis publicações que se encaixavam na pesquisa. Conclusão: Houve predominância da abordagem sóciointeracionista como base da terapia em grupo. Além de trazer benefício fonoaudiológico ao paciente e diminuir a demanda da lista de espera, esta abordagem propõe a oportunidade entre as crianças, de interação, relacionamento, troca de experiências, formação de vínculos, formação de laços sociais, aumento de autonomia e aumento do potencial criativo, sendo esta uma alternativa efetiva para a otimização dos serviços em Fonoaudiologia
Análise bibliográfica sobre qualidade de vida em idosos com presbiacusia usuários de aparelho de amplificação sonora individual
(2023) Corrêa, Camila Maximino; Fonseca, Danielle Fernandes Silva; Fernandes, Mariana Ferreira
Introdução: A presbiacusia é uma condição que se destaca no envelhecimento e o uso dos aparelhos de amplificação sonora individual (AASI) representa uma abordagem eficaz para atenuar as dificuldades decorrentes da perda auditiva. Objetivo: Realizar uma revisão bibliográfica a fim de demonstrar os benefícios e a efetividade do tratamento da presbiacusia por meio do uso de AASI, além de identificar como esses dispositivos impactam positivamente a qualidade de vida dos idosos. Métodos: Foi realizada uma busca bibliográfica nas bases Scientific Electronic Library Online (Scielo) e Lilacs (Biblioteca Virtual em Saúde) empregando as palavras-chave “presbiacusia” e “idosos”, publicados entre 2013 e 2023 na língua inglesa e portuguesa. Resultados: Foram selecionados seis artigos que se enquadravam nos critérios de inclusão da pesquisa que tratavam sobre o uso de AASIs em indivíduos com presbiacusia. Conclusão: Apesar do número reduzido de estudos encontrados, os artigos revelaram dados significativos sobre o tratamento da presbiacusia. A partir da análise individual, verificou-se que o uso de AASIs traz qualidade de vida aos idosos com presbiacusia, podendo auxiliar em sua vida cotidiana e na qualidade de vida emocional e individual.
Validação de conteúdo de um guia de introdução alimentar sob a perspectiva da fonoaudiologia
(2024) Leme, Ana Laura; Machado, Gabriela da Silva
Introdução: A nutrição desempenha um papel crucial no desenvolvimento humano, especialmente nas fases iniciais da vida, onde ocorrem 90% das conexões cerebrais. A Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda o aleitamento materno exclusivo nos primeiros seis meses, seguido por uma introdução gradual de alimentos complementares até os dois anos de idade, visando garantir o desenvolvimento saudável das crianças. No entanto, há uma tendência preocupante de introdução precoce de alimentos complementares, aumentando os riscos de mortalidade, especialmente em áreas com condições precárias de higiene. Objetivo: Validar o conteúdo de um guia de introdução alimentar sob a perspectiva da Fonoaudiologia. Métodos: O desenvolvimento foi realizado em três etapas, sendo o Desenho do Estudo, a Formulação do Material e a Adequação Semântica dos Itens (Validação de Conteúdo). Para a avaliação, participaram fonoaudiólogas (N=5) com experiência nesta temática. Foi utilizado o Índice de Validade de Conteúdo (IVC) para a validação completa do instrumento. Resultados: Para todos os itens avaliados, encontrou-se um valor mínimo de IVC de 0.80 (80%), ou seja, concordância de ao menos quatro dos cinco juízes, seguindo o que é preconizado pela literatura especializada. O instrumento conta com 56 páginas, divididas em tópicos e subtópicos, sendo eles, Atuação Fonoaudiológica; Sucção; Deglutição; Mastigação; Respiração; Introdução; O que é a Introdução Alimentar; Quando e como começar; Alimentação precoce; Cuidado e precauções; 10 passos para uma alimentação saudável; Principais técnicas de Introdução Alimentar; Alimentos que devem ser evitados; Utensílios recomendados; Cortes seguros; Tabela guia do desenvolvimento oral; Qr code direcionando para vídeo de como realizar manobra de desengasgo. Foram utilizadas imagens como apoio visual. Conclusão: Os resultados obtidos demonstram adequação aos critérios científicos de validação de conteúdo, evidenciados pelo IVC superior a 0,80 (80%), indicando que o guia possui fundamentação suficiente para ser utilizado como um recurso na orientação de cuidadores quanto às práticas da introdução alimentar.
Revalidação de conteúdo de instrumento de tempo de tela na infância
(2024) Pires, Beatriz de Almeida Pinella; Camargo, Izabelly Cristina Silveira; Gomes, Nicolly de Assis
Introdução: O uso de mídias digitais na infância tem se tornado cada vez mais comum, levantando preocupações sobre os impactos no desenvolvimento infantil, especialmente em áreas de comunicação e habilidades sociais, sendo o fonoaudiólogo um profissional essencial no acompanhamento destas demandas. Objetivo: Realizar a revalidação de conteúdo do instrumento “Tempo de Uso de Tela na Infância” (TUT). Métodos: Foi realizado um processo de revalidação de conteúdo do instrumento TUT que continha 24 questões (nove na primeira parte e 15 na segunda parte), a partir da avaliação de cinco juízes com experiência em desenvolvimento infantil e elaboração de instrumentos estruturados. A partir de um roteiro de avaliação, diferentes quesitos relacionados a clareza, coesão, itens de preenchimento, formas de resposta, adequação ao público-alvo e aspecto estético foram analisados. O cálculo do Índice de Validade de Conteúdo (IVC) foi utilizado para avaliar a concordância entre os juízes. Os dados foram analisados quantitativamente (frequência absoluta e porcentagem simples) e qualitativamente (análise de conteúdo). A partir da concordância encontrada entre os juízes para cada uma das questões do roteiro de avaliação, foram realizadas adequações no formato e na forma do instrumento. Resultados: Dentre as juízas, a maioria eram fonoaudiólogas (80%), graduadas entre 2003 e 2020, com titulação de mestre (60%) e doutora (40%), sendo que todas (100%) tinham experiência em atendimento clínico infantil. Os resultados indicaram valores de IVC de 1.0 (100%) em todos os quesitos avaliados. Foram propostas inclusões de novas questões (seis ao total) e nas formas de resposta (inclusão da opção “às vezes”), acatadas pelos pesquisadores. Após a validação, o instrumento conta com 30 questões (09 na primeira parte e 21 na segunda parte). Conclusão: O TUT apresentou resultados positivos em sua revalidação de conteúdo, indicando ser um instrumento válido para a verificação do tempo de uso de tela na infância, podendo ser utilizado por profissionais que atuam na área do desenvolvimento infantil.
Disfagia: capacitação e multiplicação de cuidados em escola de educação especial
(2024) Souza, Eros Gabriel Pinheiro de; Rodrigues, Larissa Monteiro de Almeida; Oliveira, Nathália Machado Vieira de
Introdução: A disfagia é uma condição que compromete a capacidade de engolir alimentos e líquidos de forma adequada, podendo resultar em sérios problemas na qualidade de vida, no estado nutricional e na hidratação, além de apresentar riscos de morte. Essa dificuldade de deglutição é comum em pessoas com necessidades especiais, como Síndrome de Down, Paralisia Cerebral e Transtorno do Espectro Autista. Fatores de risco para a disfagia podem ser identificados por qualquer pessoa que receba treinamento adequado de um fonoaudiólogo. Portanto, é crucial que os educadores de pessoas com disfagia sejam treinados para reconhecer sinais e oferecer um manejo alimentar apropriado. Objetivo: Capacitar educadores de indivíduos com disfagia para oferecer cuidados alimentares adequados e prevenir complicações associadas a esta condição. Métodos: As oficinas foram realizadas em uma instituição pública de educação especial destinada a professores de pessoas com disfagia orofaríngea, com foco em estratégias de manejo alimentar. Avaliações foram realizadas antes e após as oficinas para medir o impacto no conhecimento e na satisfação dos participantes. Além disso, foi distribuído material informativo aos educadores. Os dados coletados foram organizados em tabelas no Excel® e analisados por meio de estatística descritiva. Resultados: Todas as participantes (dez) eram mulheres com ensino superior completo. Quando questionadas sobre a compreensão do termo "disfagia", sete (70%) afirmaram compreender um pouco sobre o assunto e referente à habilidade em identificar sinais de disfagia em indivíduos com deficiência, seis (60%) dos participantes se consideraram pouco hábeis. Os resultados revelaram uma melhoria expressiva no entendimento da disfagia após as oficinas, com nove (90%) dos participantes relatando maior segurança no reconhecimento e manejo dos sinais desta condição, sendo que, todas os participantes (100%) reconheceram uma "contribuição significativa" para o aumento de seu conhecimento na área. Conclusão: Este estudo ressalta a importância da capacitação contínua e a necessidade de ampliar iniciativas educativas na área, promovendo um ambiente alimentar seguro e melhorando a qualidade de vida das pessoas com disfagia.
Síndrome pós-COVID-19: investigação de sintomas fonoaudiológicos
(2023) Marcondes, Aline Cristina
INTRODUÇÃO: O coronavírus (COVID-19) é uma doença infecciosa casionada pelo vírus SARSCov-2 cuja maioria dos infectados apresenta sintomas leves a moderados com recuperação completa de 2 a 14 dias após exposição ao vírus. No entanto, algumas pessoas apresentam manifestações clínicas permanentes ou recorrentes mesmo após o período de infecção aguda do vírus, descrita como Síndrome Pós-COVID ou COVID Longa. Alguns sintomas como fadiga, rouquidão, alteração no paladar e olfato, prejuízo na memória e perda auditiva foram relatados, porém pouco se sabe a respeito das manifestações fonoaudiológicas nestes casos. OBJETIVO: Investigar a presença de sintomas fonoaudiológicos em adultos após o período da fase aguda da COVID-19. MÉTODO: Pesquisa aprovada pelo CEP (Parecer número 5.958.717), com 204 adultos que testaram positivo para COVID19 no período de janeiro de 2021 a julho de 2022. Os participantes preencherem um questionário online abordando as variáveis: presença de comorbidades, necessidade de hospitalização, duração dos sintomas após o contágio da doença, quadro vacinal, tipo e frequência dos sintomas fonoaudiológicos e/ou sintomas gerais que podem levar a comprometimentos nas funções de linguagem, fala, voz, audição e deglutição, além do impacto da manutenção dos sintomas nos aspectos físicos, emocionais, capacidade funcional e relações sociais. Os dados foram analisados por meio de estatística descritiva. RESULTADOS: Os sintomas mais prevalentes até 30 dias após infecção foram cansaço (46%), perda de memória (40,2%) e ageusia (26,5%). Os sintomas de longa duração mais observados foram perda de memória (34,3%), cansaço (21,1%) e dificuldades para iniciar um diálogo ou frase (10,1%). Anosmia e ageusia também foram citadas. Houve impacto da manutenção desses sintomas no aspecto emocional (33,3%), seguidos dos aspectos físicos (26%) e ocupacionais (25%). CONCLUSÃO: Neste estudo foram encontrados sintomas persistentes após o período da fase aguda da COVID-19 que podem levar a alterações fonoaudiológicas como prejuízo na linguagem oral e nas questões alimentares.
Qualidade de vida em voz em professores universitários
(2023) Ribeiro, Clécia; Lara, Larissa Gomes de
Objetivos: O objetivo deste estudo será prover conhecimento sobre a atual percepção do professor universitário quanto sua qualidade de vida relacionada à voz, analisando a interferências das seguintes variáveis: gênero, número de alunos por sala, faixa etária e áreas de conhecimento de atuação. Métodos: Para tal, foi aplicado um questionário online composto por 14 questões, sendo que quatro foram referentes a informações relativas à gênero, faixa etária, área de conhecimento (Biológicas, Exatas e Humanas) e média de alunos em sala de aula (mais de 20 alunos-G1, ou menos de 20 alunos-G2) e as demais questões integravam as frases afirmativas do Protocolo de Qualidade de Vida em Voz” (QVV). Os dados foram analisados por meio de análise estatística descritiva e estatística indutiva pelo teste de Regressão Linear Múltipla. Resultados: Participaram do estudo 82 professores de uma universidade privada, todos assinaram o Termo de Consentimento Livre Esclarecido. Foram analisadas as médias do escore total do Domínio Global do QVV. A média do escore total do QVV para os participantes do estudo foi de 88,5, revelando uma média compatível com vozes classificadas como “boa”. Professores na faixa etária dos 41 aos 50 anos apresentaram pior qualidade de vida em voz. Professores da área de Biológicas apresentaram pior qualidade de vida em voz. Professores que ministram aulas para salas com mais de 20 alunos apresentaram pior qualidade de vida em voz. Conclusão: O estudo apontou que apenas a variável gênero apresentou influência significante na média do escore do QVV, indicando maior qualidade de vida em voz no gênero masculino.
Qualidade de vida em voz em cantores no período da pandemia da COVID-19
(2023) Campagna, Débora Mariane Gonçalves; Santos, Beatriz Oruê Vieira dos
Objetivo: Comparar o grau de conhecimento dos cantores em relação às suas vozes, no que se refere à saúde e higiene vocal, antes e durante o período de isolamento social, investigando quais foram os desafios encontrados e quais as formas encontradas por eles para realizar a manutenção e cuidados vocais durante esse período. Métodos: Aplicação de um questionário online composto por 28 questões, aplicado em uma amostra de 59 profissionais brasileiros da voz cantada. A análise dos dados quantitativos e qualitativos foi realizada por meio de análise estatística descritiva. Resultado: 79,0% dos participantes tinham motivação para estudar antes da pandemia, durante a pandemia essa porcentagem caiu para 49,1%. Cantores com mais de 10 anos de formação sentiram menos dificuldade em se motivar para estudar canto durante a pandemia. 77,1% dos participantes realizaram atividades de canto durante o período do isolamento social, destes, mais de 80% realizaram na modalidade online ou híbrida. Mais de 50% dos participantes referiram piora na qualidade vocal durante o isolamento social. 89,2% dos participantes se motivaram em manter hábitos de saúde vocal em experiências musicais antes da pandemia. Durante a pandemia, 43,0% dos entrevistados referiram sentir raramente ou nunca dificuldade em se sentirem motivados a manter hábitos vocais saudáveis em experiências musicais em grupo na modalidade online. 59,4% dos participantes que utilizaram máscara, referiram piora na qualidade vocal. 35.1% participantes frequentaram terapia fonoaudiológica antes da pandemia, destes, apenas 25,0% continuaram a frequentar fonoterapia durante a pandemia. 89,4% dos participantes referiram sentir-se motivados antes da pandemia a manter a saúde vocal, apenas 14,0% participantes continuaram sentindo-se motivados a manter a saúde vocal durante a pandemia. Conclusão: O tempo de formação e a frequência nos estudos impactaram positivamente na motivação dos cantores para se manterem ativos durante o isolamento social. Mais da metade dos participantes referiram piora na qualidade vocal. As atividades online possibilitaram a motivação dos cantores para manutenção dos hábitos de saúde vocal, quando experienciadas em grupo durante a pandemia. O uso da máscara causou impacto na qualidade vocal. A pandemia interrompeu a relação entre paciente-terapeuta e impactou negativamente a manutenção dos hábitos de saúde vocal.
Perfil profissional de fonoaudiólogos graduados em uma universidade privada do estado de São Paulo
(2023) Benavides, Deborah Bueno; Silva, Kelly Rafaela Ribeiro da
O objetivo deste estudo foi investigar o processo de transição universidade-trabalho e o perfil profissional dos graduados em Fonoaudiologia de uma Universidade privada do estado de São Paulo, evidenciando os desafios durante a inserção no mercado de trabalho. A pesquisa faz parte de um estudo maior e foi autorizada pelo Comitê de Ética em Pesquisa (CEP). Foi realizada pela plataforma Google Forms e o convite aos participantes pelo e-mail institucional ou via WhatsApp. O questionário continha dez questões de múltipla escolha e uma questão aberta. Os dados foram tabulados em planilha do Microsoft Excel e analisados de forma quantitativa, adotando medidas de frequência simples para identificação das categorias de respostas para as questões fechadas. A questão aberta foi analisada pela análise de conteúdo proposta por Bardin. Participaram 12 fonoaudiólogos e os resultados permitiram elencar que houve predominância feminina (83,3%), com média de idade de 26,3 anos. A maioria ingressou no mercado de trabalho em menos de um mês (91,7%), em instituições privadas (91,7%), na área de linguagem (66,7%), com carga horária entre 20 e 40 horas e salário acima de cinco mil reais (54,5%). Além disso, foram evidenciados desafios neste processo como seleção no mercado de trabalho, funções além da clínica e na transição entre estudante e profissional. Estudos como estes são importantes para a identificação deste processo de transição, além de subsidiar medidas que podem auxiliar os novos profissionais nesta fase.
Perfil do desenvolvimento de crianças com transtorno do espectro autista atendidas em instituição social
(2023) Domingues, Daiane Cristina
O Transtorno do Espectro Autista (TEA) é uma condição do neurodesenvolvimento caracterizada por dificuldade em interação social; alterações na comunicação interpessoal; padrões restritos de comportamento e interesses; alterações sensoriais. O conhecimento do perfil de desenvolvimento desta população é importante, porém deve sempre ser considerado o padrão heterogêneo de processamento de informação de cada indivíduo. Instituição social é um ambiente que acolhe e promove estimulação global, com atuação de profissionais de áreas da saúde e educação, incluindo atendimento a crianças com TEA. O objetivo deste estudo foi verificar o desenvolvimento infantil de crianças com TEA atendidas em Instituição Social. Cumpriu-se aspectos éticos (64724522.0.0000.5500). Foram convidadas a participar do estudo 39 crianças, com idade variando entre 12 e 72 meses, atendidas na Instituição Social em que o projeto foi desenvolvido. A amostra foi por conveniência, ou seja, todas as crianças com diagnóstico de TEA, atendidas na Instituição Social, e que cumpriam critérios de inclusão, foram convidadas a participar do estudo. Após assinatura do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido, preenchimento da Anamnese, foram aplicados a Observação do Comportamento Comunicativo (OCC) e o Teste de Screening de Desenvolvimento Denver II, que é uma escala que avalia crianças na faixa etária de zero a seis anos quanto ao desempenho nas seguintes áreas: pessoal-social, linguagem, motor fino-adaptativo e motor grosso. Os resultados foram analisados com estatística descritiva e análise qualitativa. Foram analisados os resultados de OCC e Denver II de 17 crianças, as quais além de preencherem os critérios de inclusão e cumprirem os critérios de exclusão do estudo, aceitaram realizar as atividades propostas. A média de idade cronológica dos participantes foi de 54 meses (variou de 25 a 72 meses). Na OCC verificou-se grande variabilidade de desempenho, desde crianças com ausência de intenção comunicativa, interação com avaliadora, contato ocular, até crianças com brincar funcional, produção de palavras e frases, reconhecimento de objetos e execução de ordens simples. No Denver II, os 17 participantes apresentaram resultado de “risco” para alteração no neurodesenvolvimento. Após análise qualitativa, observou-se, maior alteração na área pessoalsocial, seguida da área da linguagem, considerando a amostra total. Ressalta-se que foi observada alteração no desenvolvimento das áreas motoras fina-adaptativa e grossa também. Ao comparar o desempenho na OCC com o desempenho na área de Linguagem do Denver II, verificou-se correlação positiva e estatisticamente significante. Também foi verificada correlação positiva e estatisticamente significante entre as quatro áreas avaliadas no Denver II. Foi possível concluir que as crianças com TEA atendidas na Instituição Social apresentaram alteração em todas as áreas do desenvolvimento infantil, porém com características individuais e específicas, culminando em desenvolvimento heterogêneo, sem a possibilidade de traçar um perfil de desenvolvimento da população. A reflexão crucial está em compreender que, apesar do diagnóstico de TEA em comum, o desenvolvimento de cada criança é único e o olhar para ela de maneira integral, com compreensão do seu perfil de funcionamento e aprendizagem peculiares, é fundamento para um processo de estimulação que seja assertivo e promova o desenvolvimento do real potencial de cada uma delas.
Perfil cognitivo-linguístico e alimentar de crianças nascidas de mães infectadas pela COVID-19
(2023) Silva, Lívia Maria; Melo, Maria Luisa de Oliveira
INTRODUÇÃO: A pandemia provocada pelo vírus SARS-CoV-2 trouxe sérias implicações em relação à saúde física e mental da população, incluindo a de gestantes infectadas pela COVID-19. Pouco se sabe a respeito da transmissão vertical do vírus e de possíveis comprometimentos para o desenvolvimento neuropsicomotor de crianças cujas mães foram ontaminadas durante a gestação. OBJETIVO: Investigar o desenvolvimento infantil e da alimentação de crianças nascidas de mães que foram contaminadas pelo vírus SARS-CoV-2 durante a gestação e identificar possíveis atrasos em ndicadores de desenvolvimento. MÉTODO: Estudo aprovado pelo Comitê de Ética e Pesquisa, parecer de número 5.440.030. Participaram da pesquisa 41 crianças que nasceram no período de janeiro de 2021 a agosto de 2021, cujas mães testaram positivo para a COVID-19 durante a gestação. Para investigar o desenvolvimento da alimentação e fatores de risco para disfagia foi aplicado o Instrumento de Rastreio para o Risco de Disfagia Pediátrica (IRRD-Ped). Para a investigação do desenvolvimento linguístico, social e cognitivo foi utilizado o Ages & Stages Questionnaires (ASQ3) nos cinco domínios: Comunicação, Coordenação motora ampla, Coordenação motora fina, Resolução de problemas e Pessoal/social. Os dados foram descritos através de frequências absolutas e percentuais e por meio de média, desvio-padrão, mínimo, mediana e máximo. Para analisar a associação entre as variáveis de interesse foi utilizado o modelo de regressão de Poisson. O pós-teste de Tukey foi utilizado para as comparações múltiplas. RESULTADO: Em relação ao risco de disfagia, 17% das crianças apresentaram alteração no IRRD-Ped, com associação positiva das variáveis prematuridade, peso ao nascimento, valor do Apgar no primeiro minuto e internação da criança pós-nascimento. Já em relação ao desenvolvimento infantil, os domínios pessoal/Social, seguidos de Coordenação motora fina e Resolução de Problemas foram os de melhor desempenho. O pior desempenho foi observado no domínio Comunicação, seguido da Coordenação motora ampla. A prematuridade, peso ao nascimento, valor do Apgar e necessidade de internação da criança pós nascimento foram variáveis associadas ao baixo desempenho nos domínios avaliados. CONCLUSÃO: Não foi observado risco de disfagia na maioria das crianças nascidas de mães contaminadas com COVID-19 durante a gestação. Já em relação ao desenvolvimento infantil, foi observado risco de atraso do desenvolvimento com maior prejuízo no domínio envolvendo Comunicação seguido de alteração da Coordenação Motora Ampla.
Percepções de estudantes de fonoaudiologia sobre a ocorrência de violência universitária
(2023) Carvalho, Ana Beatriz Pinto de; Soares, Fabiane da Silva
Introdução: A Universidade tem atualmente o papel de auxiliar os alunos para que tenham uma opinião formulada e crítica diante de sua realidade social. É notório o impacto negativo da violência em diferentes contextos e na Universidade a sua ocorrência pode afetar diretamente o desempenho acadêmico, a adaptação e a permanência estudantil das vítimas. Objetivo: Investigar a percepção de graduandos do curso de Fonoaudiologia de uma Universidade privada do Estado de São Paulo sobre a ocorrência de violência universitária. Método: Participaram 51 estudantes que responderam a uma escala estruturada com 22 afirmativas sobre situações de violência no ambiente universitário com uma Escala Likert de 4 pontos (1 – nunca; 2 – raramente; 3- às vezes; e 4 – sempre). Os resultados foram analisados, adotando medidas de frequência simples para a identificação das categorias de respostas. Resultados: Foram identificados diferentes tipos de ocorrência de violência, referente a relação estudante-estudante e estudante-professor, principalmente envolvendo questões de machismo e desempenho acadêmico. Conclusão: A partir das percepções dos estudantes, foi possível observar que os participantes reconhecem a presença de violência no ambiente universitário.
Levantamento de artigos sobre telefonoaudiologia publicados na literatura nacional
(2023) Silva, Carina Aparecida da
Introdução: A saúde digital por meio de uso das tecnologias está em evidência. A fonoaudiologia, assim como outras áreas da saúde, vem se aprimorando e buscando utilizar deste recurso para a ampliação das possibilidades de atendimento. Objetivo: Realizar um levantamento de artigos publicados na literatura nacional sobre “telefonoaudiologia”. Metodologia: Foram analisados artigos nesta temática quanto ao ano de publicação, área da fonoaudiologia e tipo da revista. Os dados foram tabulados em planilha do Microsoft Excel. Resultados: Foram identificados artigos na temática da “telefonoaudiologia” com aumento do número de publicações a partir de 2020, devido principalmente ao período de pandemia da Covid-19. A área de maior publicação foi a de saúde coletiva (seis artigos) e a Audiology Comunication Research (ACR) a revista com maior número (três artigos). Conclusão: O estudo apresenta a importância da telefonoaudiologia como ferramenta para o atendimento fonoaudiológica e subsidia novas pesquisas sobre o tema e potencializa novas publicações futuras.
Relato de caso: infecção congênita por citomegalovírus
(2022) Camargo, Lidiane Florindo Silva
A infecção por citomegalovírus é a causa mais prevalente da perda auditiva sensorioneural congênita e adquirida, podendo ser classificada em sintomática ou assintomática ao nascimento, sendo que os indivíduos sintomáticos apresentam maior risco de desenvolvimento de sequelas neurológicas (1). No Brasil, o rastreamento de infecção por citomegalovírus em gestante não faz parte da rotina de pré-natal, dificultando o possível diagnóstico de citomegalovirose congênita (2). Considerando a importância deste tema no campo das políticas públicas voltadas a saúde da mulher e da criança e aos poucos estudos no Brasil, é necessário o desenvolvimento de outros estudos e relatos que associem a infecção congênita por citomegalovírus e a perda auditiva sensorioneural. O objetivo deste relato de caso é destacar a influência da infecção congênita por citomegalovírus e seu impacto na perda auditiva sensorioneural, salientando a importância do diagnóstico e a intervenção precoce, além de demonstrar como os fatores socioeconômicos afetam no âmbito de contaminação e transmissão. Esse trabalho consiste na descrição de um relato de caso de infecção congênita ocorrida em um hospital particular no município de Sorocaba/SP, a história gestacional teve início com pré-natal em maio de 2014, através do relato e de resultados de exames realizados. O relato de caso ressalta a dificuldade em estabelecer o diagnóstico precoce da citomegalovirose neonatal, que representa um obstáculo para um melhor prognóstico. Vale ressaltar que o diagnóstico e a intervenção precoce são de suma importância, através da Triagem Auditiva Neonatal Universal, além de acompanhamento e monitoramento audiológico.
Presbiacusia e a reabilitação auditiva
(2022) Ruberti, Giulia Lopes; Santos, Laís de Oliveira; Venega,Thalita Gallo
Introdução: A presbiacusia é uma patologia associada à perda auditiva relacionada ao processo de envelhecimento por alterações degenerativas, as quais ocorrem quando as células ou estruturas de qualquer parte que compõem a audição e ocasionando uma perda da função. Porém, muitas vezes não ocorre uma intervenção e reabilitação precoce dos idosos com essa patologia, o que pode acarretar prejuízos na socialização e no cotidiano. Objetivo: O objetivo do presente estudo foi traçar o perfil dos usuários de aparelho de amplificação sonora individual, sobre a percepção, handcap auditivo, da população de idoso com presbiacusia e a sua aceitação ou negação quanto à possibilidade da reabilitação auditiva. Método: A coleta de dados foi realizada de maneira presencial com a utilização de questionário específico elaborado e aplicado em clínicas fonoaudiológicas. Resultado: foi identificado que a maioria dos indivíduos sentem dificuldades em compreender a televisão e o rádio, antes da reabilitação auditiva. Após a reabilitação auditiva os idosos referem limitação social e pessoal quanto a utilização do AASI. Conclusão: A importância da participação da família no processo da reabilitação auditiva e a necessidade da criação de programas de reabilitação auditiva, tendo como objetivo a melhora da qualidade de vida do idoso no âmbito emocional e psicossocial.
Percepção de gestantes, puérperas e profissionais da saúde a respeito da atuação fonoaudiológica na amamentação
(2022) Evangelista, Bianca Rocha Moreira; Corrêa, Evelin Soler; Bermeça, Livia Pires
Objetivo: Investigar a percepção de gestantes/puérperas e de profissionais de saúde de uma UBS a respeito da atuação do fonoaudiólogo no processo de orientação sobre a amamentação. Métodos: A coleta de dados foi realizada pela aplicação de questionário na equipe multiprofissional de uma UBS e outro para gestantes/puérperas frequentadoras da mesma unidade. A análise dos dados quantitativos e qualitativos foi realizada por meio de análise estatística descritiva. Resultados: 25% das gestantes/puérperas nunca receberam orientação a respeito dos benefícios da amamentação, 93,8% buscou informações durante a gestação com médicos, a orientação ocorreu principalmente em hospital (56,3%). 68,8% referiu não saber que fonoaudiólogos atuam na amamentação. 53,3% dos profissionais da saúde referiram que as gestantes/puérperas não buscam informação sobre amamentação durante o pré-natal, no pós parto as mães são avaliadas por médicos ou equipe de enfermagem. 73% dos profissionais referiram não atuar com fonoaudiólogo na equipe, 80% nunca encaminhou recém nascido para atendimento fonoaudiológico, apesar de 73,3% referir saber que o fonoaudiólogo atua na amamentação. Conclusão: As orientações a respeito de amamentação são realizadas por médicos e equipe de enfermagem, a minoria das gestantes/puérperas conhecem os benefícios miofuncionais orofaciais gerados pelo aleitamento materno e sobre a atuação fonoaudiológica na amamentação.

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