Navegando por Assunto "Ambiente escolar"
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- TeseA aprendizagem da criança com Síndrome de Down no cotidiano da escola regular(2016) Amaral, Lilian PintoA Síndrome de Down (SD), também conhecida como trissomia do cromossomo 21, é a alteração cromossômica mais frequentemente observada em recém-nascidos, tendo uma incidência de 1 em cada 660 nascidos vivos. Está associada a uma gama de fenótipos e alterações neurofisiológicas, mas a principal e mais incapacitante é a deficiência intelectual. O objetivo desta pesquisa foi identificar e interpretar possíveis dificuldades e facilidades presentes no cotidiano escolar da criança com SD, em relação à sua aprendizagem. A investigação se deu no ensino fundamental I, nas redes regular de ensino da cidade de Sorocaba. A abordagem metodológica escolhida foi qualitativa e os dados foram interpretados com base no Paradigma Indiciário, proposto por Ginzburg (1989), que permitiu o levantamento de indícios a partir das entrevistas semiestruturadas com as famílias das crianças, professores e com as próprias crianças, e das observações das crianças no cotidiano escolar. Achados demostraram que tanto as condições educacionais, como as práticas pedagógicas e os aspectos da dimensão afetivo-social interferem na aprendizagem dessas crianças. As entrevistas com pais, professores e alunos revelaram comportamentos e atitudes inadequadas que comprometem o desenvolvimento e o crescimento das crianças com SD. As observações de campo permitiram comprovar incoerência entre o discurso e as ações propriamente ditas. Concluiu-se que ainda são muitos os desafios a serem enfrentados para que uma aprendizagem de qualidade seja alcançada, e que as políticas públicas inclusivas existentes não são suficientes e não se sustentam com ações e atitudes isoladas, de um professor ou de uma escola, pois requerem respostas às questões educacionais cotidianas e contemporâneas.
- DissertaçãoA educação infantil como universo de pesquisa: teses e dissertações do Programa de Pós-Graduação em Educação da Uniso (1998-2015)(2016) Rezende, Ana RosaEsta dissertação objetivou mapear as teses e dissertações dos pesquisadores do PPGE UNISO, no período de 1998 a 2015, relacionadas à etapa da educação infantil. Adotou como referencial teórico, autores que discutem a complexidade do cotidiano escolar e os estudos de Souza Santos. Utilizou o suporte da sociologia das ausências e da sociologia das emergências, para analisar as pesquisas. Com este referencial, foi possível verificar nas pesquisas, que o cotidiano escolar da educação infantil apresenta experiências plurais e concretas, com potencial emancipatório.
- DissertaçãoA infância capturada em fotos: imagens do cotidiano da educação infantil(2014) Boff, Márcia de Souza SimãoNo mundo contemporâneo nos confrontamos com uma avalanche de imagens que nos contam do mundo, da vida e da banalidade do cotidiano. Com a popularização dos aparelhos celulares, câmeras e aplicativos de compartilhamento de imagens que os avanços tecnológicos incorporaram a estes aparelhos, vive-se uma disseminação imagética. Fotografa-se tudo e todos. Nas escolas o acontecimento infantil é capturado e esta prática foi uma das interrogações deste estudo: o que mora nestes gestos habituais de fotografar na escola? O indizível apresenta-se no acontecimento fotográfico provocando estranhamentos, o aporte foucaultiano foi utilizado no diálogo com estes estranhamentos, suporte para a observação das narrativas sobre a infância que compõem o ambiente escolar e permeiam as imagens da educação infantil. Fotos de escolas de educação infantil da cidade de Sorocaba foi o campo de investigação das subjetividades presentes no cotidiano escolar e revelaram subjetividades que este estudo discute enfocando dois temas: gênero e consumo e disciplinamento no espaço da educação infantil. Este estudo observou os estereótipos que se instalam em relações de poder e saber no universo educativo, ainda presentes nos papéis masculinos e femininos, assim como questões de consumo no ambiente escolar; observaram-se os limites de portas e cercas, apresentando um disciplinamento dos corpos. Essa dissertação propõe olhar o cotidiano da escola por meio de fotografias, intermediando a imagem com as histórias desse cotidiano da educação infantil, e ao analisar, refletir.
- DissertaçãoCartas em três atos: Paulo Freire, Angel Vianna e o cotidiano escolar(2016) Almeida, Laura Helena Jamelli deNesta dissertação apresento algumas experiências de arte-educação e de interpretação em dança que fundamentaram e impulsionaram outras práticas com estudantes da Educação Básica, na disciplina de Arte, considerando o ensino das suas expressões, contemplando o corpo como forma de expressão. Entendo a arte e a educação como encontro de subjetividades, como processo em que se dá o autoconhecimento, através de aprendizagens de todo o tipo, diluindo as fronteiras entre arte e educação, na medida em que há uma conexão com a vida. Por essa razão, vi a necessidade de proporcionar aos (às) estudantes a oportunidade de vivenciarem uma experiência dessa natureza, já que o estudo do corpo sensível e do movimento, enquanto expressão está ausente do meio escolar, pela posição subalterna ocupada pela arte nesse meio. Oriento-me pela teoria de Paulo Freire e sua pedagogia para a autonomia, que entende a educação como um processo baseado no diálogo, no qual educador (a) e educando (a) constroem o conhecimento, construindo-se também, enquanto sujeitos autônomos, portanto, emancipados. Tenho por objetivo demonstrar que a interpretação em dança e a educação possuem estreita ligação no que concerne ao uso dos jogos corporais e cênicos, para promover o conhecimento corporal, inserindo a dança enquanto área do conhecimento no contexto escolar, na medida em que trabalho com os seus fundamentos. Para atingir esses objetivos, optei pela utilização do trabalho de percepção pelo movimento e pelo jogos corporais, proposto pela artista da dança Angel Vianna, que busca uma forma própria de expressão, através do corpo e do movimento, sem a imitação de um modelo de corpo ou de movimento. Por último, apresento tais práticas e as reverberações que elas suscitaram nos (nas) estudantes, demonstradas por eles (as) em diferentes formas de expressão, tais como desenhos, músicas, poemas e relatos por escrito. Entendo o cotidiano escolar como um ambiente complexo, estabelecendo-se nele redes de múltiplas e diferentes relações, exigindo outras lógicas para a sua compreensão, coerentes com as vivências cotidianas. A fim de abarcar essa gama de experiências artísticas e educacionais, optei pela pesquisa narrativa, em que a narrativa pessoal e o protagonismo do sujeito se fazem presentes, o que lhe confere um caráter político, pois o sujeito reivindica o direito de narrar em nome de si próprio, sem a interpretação do (a) outro (a). Por pressupor um (a) interlocutor (a), a narrativa demanda uma escrita em que o diálogo com este (a) esteja em evidência. Desse modo, opto por narrar minhas experiências por meio de cartas, nas quais os imbricamentos entre teoria, prática e vivências se encontram presentes.
- DissertaçãoCorpo presente, corpo ausente no cotidiano escolar(2017) Oliveira, Ailton Jacob deO interesse principal deste estudo, relacionado ao fenômeno da corporeidade, é compreender, em uma abordagem qualitativa, como alunos do Ensino Médio concebem e expressam um corpo presente e ausente em aulas de Educação Física. Em busca de conhecimentos subsidiários ao interesse principal, investiga-se o significado que os sujeitos atribuem ao corpo, corpo saudável, doente, cerceado, livre, humilhado/vaidoso, ativo/passivo, corpo objeto/sujeito e que desperta diferentes sentimentos. Procura-se conhecer, também, como os corpos dos sujeitos analisados se relacionam com outros corpos e quais são alguns dos limites e possibilidades que o cotidiano escolar coloca à expressão da corporeidade de adolescentes. Apoiado em bases filosóficas sobre a fenomenologia do corpo e direcionado à intrincada realidade do ambiente da escola, este trabalho recorre a técnicas de observação e entrevista e as aplica em nove alunos do Ensino Médio de uma escola da rede particular de Sorocaba SP. Esses alunos foram observados em aulas de Educação Física voltadas à prática do boxe, e posteriormente entrevistados. As narrativas verbais e corporais desses sujeitos, interpretadas à luz do Paradigma Indiciário de Carlo Ginzburg e do referencial teórico com que o trabalho dialoga, forneceram-nos indicadores, dos quais foram extraídos sinais que, por sua vez, geraram indícios de um corpo dicotomizado e comportado no contexto em estudo. Nessa realidade, em que apenas a fisiologia “aprende” e não se problematiza a complexidade do corpo, a Educação Física, ao fazer perdurar a antiga dualidade, repete o erro que critica na dinâmica de outros componentes curriculares: ou seja, uma aprendizagem sem “alma”, equivalendo-se àqueles que praticam uma aprendizagem sem corpo. A meio caminho entre uma liberdade vigiada e uma disciplina cada vez mais anacrônica, e quase sempre sob uma produtividade que eufemiza o controle, os corpos são vistos comportados, não totalmente cerceados, mas tampouco totalmente livres. Embora as aulas de Educação Física sejam apontadas como o reduto na escola onde menos os sujeitos se sentem distanciados do que são em sua essência, a condição de disciplinados ainda é geradora de interrupções e um empecilho à formação humanizada. Dicotomizados, comportados e sob influência das demandas contemporâneas da silhueta, os corpos, presentes e ausentes a um só tempo, perdem em subjetividade, reificam-se e, em consequência, veem sua presença – uma presença somente para si – diminuir no cotidiano escolar. A Educação Física, desde que se reconfigure como um espaçotempo favorecedor de novos sentidos ao corpo, tem um papel importante na tarefa de ressignificá-lo e de lhe dar centralidade no processo educativo, a fim de que, completada a sua libertação, ele aceda à condição de sujeito, supere muitos dos entraves que aumentam a sua ausência nos domínios escolares e se torne mais presente.
- TeseEntre retalhos cotidianos, práticas discursivas e drogas: perspectiva ecologista de educação(2015) Oliveira, Adriana Rosmaninho Caldeira deO tema das drogas está presente, em nossos dias, em diversos locais e a produção de sentido sobre as drogas marca nossas relações em muitas esferas, dentre estas, a escola tem papel fundamental. Esta tese explora as práticas discursivas sobre drogas por meio das trajetórias e narrativas no/do cotidiano escolar, sob a Perspectiva Ecologista de Educação. O caminho teórico desta pesquisa está pautado nos pensamentos de Michel Foucault e Paulo Freire. Dividida em duas partes, a primeira traça um percurso histórico sobre a questão das drogas, destacando a produção de sentido a partir do início do século XX, com o intuito de estabelecer um solo comum de compreensão que permita operar com os conceitos de estigma, estereótipo e senso comum forjados sobre o tema no decorrer do tempo. Neste sentido, a tese considera a droga como fenômeno plural, cuja manifestação é tecida por uma multidimensionalidade de aspectos visíveis e ambíguos, cujas nuances e sinuosidades não permite um conceito único e universal, exigindo ser abordado na concretude das relações. Na segunda parte, a partir das narrativas recolhidas no campo-tema de pesquisa, configura-se um certo olhar, um modo de compreender o outro que não é neutro, ao contrário, está repleto de preconceitos, julgamentos, sentimentos que são afetados pelas mediações das mídias, das escolas, das famílias, das religiões. Lançando um olhar crítico sobre esse espaço tão multifacetado que é a escola, a tese busca apreender as práticas discursivas sobre drogas no cotidiano escolar a partir das narrativas ficcionais. Esse recurso metodológico propicia que a escrita seja perpassada por pessoas, lugares, acontecimentos enquanto um conjunto de múltiplas fontes que apresentam diferentes versões sobre o tema. Elas são recortes que evidenciam discursos e práticas pedagógicas, ou não, no cotidiano escolar voltados para as drogas (seu uso, sua proibição, sua criminalização) e os usuários. Considera-se que, ao mesmo tempo em que o cotidiano escolar reproduz e ressoa as relações de poder produzidas historicamente pela sociedade, indica, nas relações entre professores, professoras, alunos e alunas, a possibilidade de criação de brechas para a constituição de uma outra prática nas relações educacionais em torno da questão das drogas.
- Tese"Entre" encontros e caminhos de uma professora-pesquisadora no cotidiano da educação infantil(2021) Silva, Ana Cristina BaladelliCaminhar por entre encontros, acontecimentos, devires no cotidiano da educação infantil pode nos fazer pensar uma educação? De quais maneiras? Que outros modos se podem conceber para ser e estar no cotidiano da educação infantil? Que outras possibilidades atravessam uma professora e seus cotidianos? O que podem as crianças e suas imagens? Esta tese pretende movimentar pensamentos e criar perguntas com infâncias e seus fazeres. Para tanto, propõe uma experimentação com imagens realizadas por crianças numa escola pública municipal, na cidade de Sorocaba, SP. Parte da narrativa de uma professora-pesquisadora, atravessada por encontros, que propõe praticar um cotidiano com e para as crianças, num movimento acontecimental, intenso, de co-ire (Gallo), ir junto, não normatizando ou ditando suas ações, mas aprendendo com elas. Defende uma educação infantil que experimenta, explora, investiga, surfa em intensidades de criação; que se mostra aberta aos acontecimentos, que opera devires; que brinca em espaços sensíveis. Exercita o protagonismo infantil e, ao fazê-lo, escapa dos adultocentrismos. Abre-se para espaços de criação, considerando as intensidades do tempo aiônico, tempo da criança; e fissura aqueles cotidianos escolares que operam somente em tempo cronológico, fracionado, demarcado. Escolarizado. Deseja uma escola e profissionais da educação que sejam atravessados pelas experiências, sensíveis aos acontecimentos; que se deixem contagiar pelo devir-criança (Deleuze). Traz reflexões sobre outros modos de pensar cotidianos infantis para que, a partir deles, criem-se “inéditos viáveis” (Paulo Freire) através de fissuras, dobras, experimentando o imprevisível, o inesperado. Os encontros bibliográficos (Camargo) acontecem entre Deleuze e Guattari, Kohan, Deleuze, Schérer, Leite e Freire. Sem pretensão de concluir, a tese traz uma reflexão para as possibilidades de outros cotidianos com, para e entre crianças.
- DissertaçãoExperiências no cotidiano da educação infantil: olhar, dialogar, inventar(2016) Silva, Ana Cristina BaladelliEsta dissertação se desenvolve a partir do percurso pedagógico da professorapesquisadora no Centro de Educação Infantil nº 50 – “Professor Alípio Guerra da Cunha”, em Sorocaba/SP., com crianças na faixa etária entre três e quatro anos. Trata-se de pesquisa que se funda nas experiências observadas, dialogadas e inventadas no cotidiano da educação infantil. Objetiva a analise do uso do tempo e do espaço físico e propõe novas possibilidades de ocupação destes. Com apoio teórico em algumas obras de Faria e Abramowicz fundamenta as leituras e reflexões sobre as culturas infantis para compreender a relação entre as crianças e a prática pedagógica. Em diálogo com Gallo, Kohan e Deleuze a professora-pesquisadora procura trazer o olhar da filosofia da diferença sobre o tempo infantil e os devires minoritários para o cotidiano. Por meio das bio:grafias, metodologia apresentada por Reigota, o percurso da pesquisa é narrado, levando em consideração o tempo e o espaço como objetos de intervenção profissional e política. Deste cenário e por meio de investigações e experimentações, resulta um espaço que respeita as crianças, as ouve, possibilita novos inícios, cria possibilidades num ambiente onde tudo é previamente planejado, rotinas definidas, mas que não foram obstáculo para as mudanças, as possibilidades.
- DissertaçãoFormação humanista e conceitos de Pierre Lévy: uma busca por novos sentidos para a educação(2022) Nogueira, Maria Julia MendesO tema desta pesquisa está na interface entre as interações cognitivas, informacionais, sociais e a formação do ser humano, tendo sido gestado durante a participação no Grupo de Pesquisa em Educação Superior, Tecnologia e Inovação - GPESTI, do Programa de Pós-Graduação em Educação da Universidade de Sorocaba - UNISO. Os estudos de Pierre Lévy foram escolhidos para atender o objeto desta investigação e focam em três conceitos: inteligência coletiva, cibercultura e ciberespaço. A problemática tem como decorrência as seguintes questões: no que consiste na formação humanista? De que forma o estudante pode ser estimulado a atuações éticas e colaborativas no contexto das interações tecnológicas? E como os três conceitos de Lévy anteriormente mencionados podem contribuir para a qualidade dessas interações? A pergunta maior que norteou a pesquisa foi: Como os conceitos propostos por Lévy contribuem para a formação humanista? O estudo trouxe referenciais teóricos educacionais de autores como Edgar Morin, Martha Nussbaum e Paulo Freire. O objetivo geral foi avaliar ideias e conceitos de Lévy que atendam aos pressupostos descritos como sendo essenciais para uma formação humanista. E, tem como justificativa o pressuposto de que as contribuições de Lévy favoreçam o diálogo construtivo e colaborativo entre professor, estudante e suas interações cognitivas, informacionais e sociais, sendo as tecnologias as aliadas para caracterizar uma formação humanista. A metodologia possui três etapas de pesquisa: 1) a definição do estado da questão, para avaliar a originalidade do tema e algum possível problema de pesquisa; 2) um estudo bibliográfico de caráter qualitativo sobre a obra de Lévy; 3) uma análise por categorização, realizada a partir de sete publicações que discutem os conceitos abordados e que, pressupomos, pautam uma formação humanista. Dentre os resultados, destacam-se, primeiramente, a adaptação dos dispositivos tecnológicos ao espaço de aprendizado, aberto e à distância, a fim de favorecer experiências personalizadas e cooperativas em rede. E, ainda, o desenvolvimento de relações com o conhecimento, cujo suporte é o ciberespaço – região em que as comunidades descobrem e constroem seus próprios objetos e onde se reconhecem como coletivos inteligentes e se desenvolve a percepção de que aquele que ensina deve estimular a inteligência coletiva, em vez de ser um mero transmissor de conhecimentos.
- DissertaçãoGestão e medo no cotidiano escolar: relatos de diretores de escola(2014) Sturm, Márcia de Fátima DelanholoA compreensão do cotidiano escolar, cada vez mais, necessita de leituras sobre o mundo contemporâneo, a fim de se entender o quanto as mudanças sociais, políticas e econômicas interferem nas relações entre as pessoas, no ambiente escolar. Para esta dissertação utilizou-se de leituras de Bauman, e do conceito de modernidade e medo líquidos, para os quais o sociólogo justifica o uso do termo líquido dizendo que esses não têm uma forma, ou seja, são fluidos e se moldam conforme o recipiente nos quais estão contidos. Essa propriedade descreve, metaforicamente, o mundo contemporâneo, distinguindo-o de uma sociedade concreta. Nesse cenário em que as incertezas prevalecem, o diretor, na escola, tem que lidar com problemas os quais ainda não têm forma e ou certezas de intervenção. O tema sobre gestão escolar e medo no cotidiano teve como hipótese que as características dos problemas enfrentados por diretores de escola estão ligadas ao contexto do medo líquido contemporâneo. Para investigar o tema, foram realizadas entrevistas com cinco diretores de escolas da rede pública municipal de Sorocaba/SP, cujas unidades atendem ao Ensino Fundamental I e estão localizadas em diferentes regiões da cidade e objetivaram identificar os problemas predominantes de gestão e os medos apontados pelos diretores de escola. Para os diretores entrevistados, os problemas predominantes de gestão e/ou as maiores preocupações, estão relacionados à burocracia, seguidos dos problemas relacionados à manutenção do prédio, do relacionamento interpessoal, assim como a preocupação com a aprendizagem. Quanto à relação do medo referente ao cargo de diretor de escola, os diretores apontaram o medo com relação ao desempenho da função, dos conflitos interpessoais, e do medo disperso. Na análise e discussão dos dados verificou-se que os problemas predominantes de gestão escolar e os medos relatados pelos diretores de escola estão diretamente relacionados às características líquidas do mundo contemporâneo.
- DissertaçãoInventar mundos: acaso e possibilidades no encontro entre arte sonora e educação(2021) Riyis, Mauro TanakaImagine não ter que perguntar mais: “mas isso aí é música?” Se esta pergunta não existir mais, não teremos de dar explicações para as nossas experimentações com os sons, nem as crianças. Estas poderão criar novos mundos a partir das suas criações e das suas gambiarras nos pátios das escolas e nos quintais das suas casas. Nós adultos, não teremos mais de conviver com a sensação de que apenas podemos realizar o que fomos “programados” para fazer; podemos nos transformar/transmutar em nossos ancestrais, no povo indígena e prestar atenção aos elementos da natureza e experimentá-los em nossas receitas de práticas da liberdade. Para quebrar a feitiçaria que nos atinge e nos pré-programa, temos que lançar mão de contra-feitiços, nos rebelar e desobedecer ao que a colonialidade nos impõe sobre o que ouvir, como ouvir, o que pensar desde a invenção do processo civilizatório. Narro nesta pesquisa, os caminhos que trilhei nos últimos anos em que me abri para a experimentação dos sons com o próprio corpo, a criação de instrumentos musicais alternativos e as sonoridades possíveis das coisas ordinárias, que foram sendo criadas ao adentrar nos caminhos da arte sonora, criando a partir do acaso e da aleatoriedade e da indeterminação nos cotidianos escolares. Como todo trabalho acadêmico realizado neste momento que cruza o ano de 2020, temos duas fases: Uma fase antes da pandemia do coronavírus, e a fase de lidar com os lutos e os caminhos gerados para sobrevivência e persistência como alternativas para manter a arte-vida nos cotidianos (escolares).
- TeseMedicalização e educação: o entorpecimento da infância no cotidiano escolar(2016) Perez, Elaine Cristina De Matos FernandezEste trabalho tem o objetivo de relacionar e discutir a contemporaneidade com alguns discursos sobre o processo de medicalização no cotidiano escolar e utilizar da poesia como método para sensibilizar e levar ao estranhamento que se instala no interior das escolas, frente aos alunos que apresentam um padrão de comportamento fora do estabelecido como normal. Outro objetivo é mostrar o entorpecimento da criança pela medicalização. A metodologia usada se dá a partir de uma poética rizomática da argumentação, por uma condição ético-política da relação entre educação escolar e medicalização, relacionada aos conceitos de biopolítica, biopoder, dispositivos e mundo virtual. A tese aponta o processo de medicalização da infância na educação e relaciona o discurso higienista e biologizante do início do século XX e os dispositivos de controle foucautianos, para pensar a medicalização escolar como mecanismo de controle sobre a vida, um biopoder. Esta tese anuncia que a patologização e a biologização, se fazem presentes hoje no cotidiano escolar, por meio de laudos generalistas, “rótulos”, que descrevem a situação de não aprendizagem e dos “comportamentos inadequados" dos alunos e sustenta que a medicalização tem causado um entorpecimento da criança no seu cotidiano escolar.
- DissertaçãoNarrativas dos moradores da terra indígena do Alto São Marcos - RR: diálogos na fronteira do cotidiano escolar(2013) Monteiro, Huarley Mateus do ValeA Amazônia brasileira convive com modelos políticos, econômicos e educacionais, muita das vezes pensados distantes de sua realidade. Colocar em debate tais questões é dialogar com a própria dinâmica amazônica. Assim posto, este trabalho tem por referência as vozes anônimas dos moradores da Terra Indígena do Alto São Marcos/RR, com seus sonhos, angústias e devires. É nas tessituras do cotidiano dessas pessoas e suas relações sociais que busco entendimento sobre seus pertencimentos e singularidades no contexto pós-moderno. Nessa busca, o exercício de leitura nos conduziu à noção de Fronteira. Entender como essa se apresenta como provável elemento de diálogo sobre a dinâmica social dos sujeitos da Amazônia roraimense e como ele ressoa, através da voz/narrativa, configurando experimentos de questões históricas, sociais, políticas, ecológicas, culturais e, principalmente, educacionais, é o referente a ser alcançado. Consideramos neste estudo os levantes feitos pelos moradores da Terra Indígena do Alto São Marcos (presentes em suas narrativas) como um dos pontos fundamentais para se entender a conjuntura em que eles se encontram. Na construção dessa linha de entendimento, os estudos culturais, a antropologia da educação e a noção de cotidiano dão sustentação às observações e análises feitas.
- DissertaçãoO cotidiano escolar e a sala de recuperação intensiva: "os MLK e as mina"(2016) Hoffmann, Soraya ChauarEsta dissertação trata-se de uma pesquisa-ensino realizada no cotidiano escolar de uma classe de Recuperação Intensiva (RI), em relação ao ensino de leitura e escrita na disciplina de Língua Portuguesa, desenvolvida durante o ano de 2015, com 17 alunos da 8ª série (9° ano-período vespertino), rede estadual de ensino no município de Tatuí/SP. A descoberta do interesse dos alunos em participar das aulas de Língua Portuguesa a partir de letras de músicas populares (Rap, Funk, Sertanejo) privilegiaram mediações com o projeto pedagógico Letras e Músicas; análise de diferentes gêneros textuais; redação e introdução à gramática. Para a coleta de informações foram utilizados: anotações diárias; avaliações formais do estado; avaliações em sala e observações regulares. Para a compreensão da relação sujeito e objeto nos processos de aprendizagem, os conceitos de Foucault foram fundamentais, pois considera-se a escola e seus agentes, como dispositivos de poder atuantes em uma sociedade, a qual defronta-se com múltiplas circunstâncias de poder existentes em uma sociedade disciplinar. As concepções de Bauman, quanto aos conflitos sociais como fatores expurgatórios da sociedade desprovida, também foram utilizados para aproximação do cotidiano escolar que cada aluno da Sala de RI. Percorre um caminho desconhecido, sob insegurança e medo. Nem sempre o cotidiano da escola é linear e ou obedece uma organização sem conflitos, mas para facilitar ao leitor, essa pesquisa é descrita em etapas: levantamento de necessidades; escolha, planejamento e execução do projeto; e análise dos resultados. De modo geral os resultados apontam uma melhora acadêmica dos alunos da sala de RI, principalmente no que refere a expressão pela escrita.
- DissertaçãoO cotidiano escolar profanado com os jogos teatrais: o caso da escada(2014) Almeida, Patricia Neves de“O cotidiano escolar profanado com os jogos teatrais: o caso da escada” apresenta uma prática teatral realizada com alunos de uma escola da rede municipal de ensino, do município de Boituva-SP. O problema de pesquisa surge de uma inquietação em relação à presença dos dispositivos de controle na escola, mais particularmente de uma escada e sua regra que restringe o acesso dos alunos. A pergunta norteadora desta investigação é: como fazer resistência a tantos dispositivos de controle presentes no cotidiano escolar? A hipótese é de que o teatro, especificamente o jogo teatral de Spolin (2003; 2007; 2008) e de Boal (2005), tem a potencialidade de operar o que Agamben (2007) nomeia uma “profanação”. A pesquisa possui abordagem qualitativa, tem como modalidade a pesquisa-ação e vale-se da metodologia da conversa não diretiva para a coleta de dados. O estudo envolve a análise do conceito de dispositivo em Foucault (1979; 2004), Agamben (2009) e Deleuze (1996) e de profanação com Agamben (2007); a exposição dos relatos dos alunos sobre os dispositivos; a descrição da prática intitulada “Experiência Teatral”, por meio da apresentação do roteiro cênico; e a reflexão sobre o sentido da escada nas obras de arte das diferentes linguagens artísticas (Teatro, Artes Visuais, Dança, Música e Literatura). O objetivo da pesquisa é propiciar aos alunos a reflexão sobre o cotidiano escolar, questionando a existência dos dispositivos de controle na escola e, ainda, promover um novo uso do dispositivo, por meio da profanação da norma. As conversas não diretivas feitas com os alunos após a realização da “Experiência Teatral” revelam uma aproximação entre o que se objetivava inicialmente e o resultado alcançado pela iniciativa.
- DissertaçãoO mundo contemporâneo nas falas de professores e alunos(2009) Dilela Filho, GilbertoAs relações de trabalho apresentam em seus discursos, a hegemonia do sistema capitalista, por meio de modelos que priorizam o individualismo e a competição. Tais discursos podem reforçar o poder hegemônico quando ocorre e especialmente no ambiente do ensino superior, na formação de profissionais da área de ciências sociais aplicadas, que se pretende a crítica. Com objetivo de compreender os discursos do mundo contemporâneo, essa dissertação utilizou entre outros referenciais teóricos ligados à sociologia, Bauman e a descrição da modernidade líquida e Deleuze para entender a sociedade do controle. Teve como objetivo específico identificar no ambiente do ensino superior, em cursos de Administração e de Gestão Tecnológica, as falas cotidianas de alunos e professores. Como procedimento de pesquisa, utilizou-se o diário de campo. Os resultados apontam a incerteza e o medo, individualismo, imediatismo, característicos do mundo contemporâneo. Percebe-se nas falas, uma estreita relação com o comportamento exigido para o trabalhador e para o aluno, com manifestações consumistas contemporâneas e imediatistas de resultados por metas.
- DissertaçãoPráticas pedagógicas e desafios para o desemparedamento no cotidiano escolar: um estudo de caso na educação infantil(2023) Caldini, CarolinaA perspectiva do emparedamento parte do entendimento de que, a maior parte do tempo que ficam na escola, as crianças permanecem em ambientes fechados e pouco usufruem dos espaços externos, mais especificamente, dos ambientes naturais. Sendo assim, o termo desemparedamento foi empregado nesta pesquisa, para definir as experiências em contato com a natureza, onde o brincar acontece de maneira livre e espontânea. Partindo da pergunta “como se desenvolvem as práticas pedagógicas no ambiente institucionalizado de atendimento à primeira infância, onde o brincar livre e espontâneo em conexão com a natureza se apresenta como proposta pedagógica?”, o presente estudo objetivou compreender como as práticas educativas no cotidiano escolar de uma instituição privada de ensino que, conforme consta em seus documentos oficiais, adota a filosofia humanista, com inspiração na abordagem construtivista, contribuem para o desemparedamento da infância e para o processo de tornar-se humano das crianças. Deste modo, a pesquisa buscou descrever como se organiza a rotina da escola, no que diz respeito ao tempo e ao espaço; conhecer a visão das docentes e da coordenadora pedagógica acerca do brincar espontâneo em conexão com a natureza e sua efetivação nas práticas educativas cotidianas; e identificar os desafios que se apresentam nas práticas das participantes da pesquisa para promover o desemparedamento e as estratégias utilizadas para o seu enfrentamento. Desde uma abordagem qualitativa, a pesquisa adotou o estudo de caso como estratégia metodológica. Com a finalidade de alcançar os objetivos propostos, foram realizadas entrevistas semiestruturadas com as docentes que atuam na pré-escola e com a coordenadora pedagógica da Educação Infantil. Ademais, foram realizadas observações de aulas e foi coletado material documental conexo às práticas pedagógicas desenvolvidas. O método de análise dos dados seguiu três grandes momentos: descrição dos dados, redução e construção de categorias analíticas e interpretação dos dados. A pesquisa constatou que a escola pauta suas ações pedagógicas em diversos teóricos e abordagens, não se restringindo a uma única pedagogia; que tem uma organização espacial especificamente orientada para vincular os alunos com experiências de aprendizagens na e com a natureza, e que os tempos, os espaços e os materiais são pensados e organizados para promover a autonomia das crianças. Para mais, os dados revelaram a importância de ofertar tempos e espaços para o brincar espontâneo como garantia de um direito e não como uma ação voltada unicamente para fins pedagógicos. A pesquisa revelou, ainda, o alinhamento do discurso das docentes acerca da valorização das brincadeiras espontâneas em conexão com a natureza como uma das características particulares da instituição pesquisada. Contudo, os seguintes desafios foram relatados pelas docentes participantes: acesso ilimitado à tecnologia como concorrência ao encantamento escolar e docente; conflito das famílias sobre a proposta do desemparedamento dar conta ou não de ensinar conteúdos; e planejamento, preparação e oferta dos ambientes e dos materiais. Com base nos resultados descritos, se apresentam um conjunto de orientações direcionadas a promover o processo de desemparedamento em outras instituições educativas.